O Figueirense ficou satisfeito com a fórmula da Série A do Campeonato Brasileiro para 2003: 24 equipes jogando turno e returno, sendo campeão o time que somar mais pontos depois das 46 rodadas, enquanto os dois últimos colocados são rebaixados. A fórmula foi um dos assuntos do Conselho Técnico do campeonato, realizado nesta terça, dia 17, na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio.

– É um processo pioneiro, em pontos corridos. É um atrativo a mais e vamos apostar que seja exitoso. Foi a fórmula defendida pelo Figueirense e também pelo Criciúma – disse em entrevista à rádio CBN/Diário o vice-presidente de futebol do alvinegro catarinense, Norton Boppré, que participou da reunião no Rio.

Outro assunto discutido no encontro foi a distribuição de renda nos jogos. Embora times de peso como Corinthians e Flamengo tivessem proposto mudar o regulamento para que a renda passasse a ser dividida, o sistema atual foi mantido. Ou seja, quem joga em casa fica com toda a renda da partida.

Nos bastidores, também foi discutida a informação de que a emissora de televisão SBT ofereceu R$ 200 milhões para transmitir o campeonato. Até o momento, os direitos de transmissão de jogos estão sendo negociados oficialmente apenas com a Rede Globo.

– A concorrência deve haver. Vários campeonatos europeus são transmitidos por mais de uma emissora. A concorrência é válida até para que preços justos sejam pagos – afirmou o presidente da Federação Catarinense de Futebol (FCF), Delfim Pádua Peixoto Filho.

O dirigente, que antes da reunião na CBF havia dito que preferia um campeonato com finais em vez de pontos corridos, comentou a nova fórmula da Série A.

– Essa era a proposta que já tínhamos discutido na CBF e era sonho antigo da imprensa. A preocupação inicial é que um clube disparasse na frente. Mas, olhando o campeonato desse ano, bastante equilibrado, dificilmente algum clube vai disparar na frente – disse Delfim.