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 | 17/12/2007 14h12min

Paraguai recebe US$ 45 milhões de fundo do Mercosul para investir em infra-estrutura

Brasil responde por 70% dos recursos investidos

O Paraguai deverá receber cerca de US$ 45 milhões para investir em saneamento e recapeamento de uma estrada. Os projetos foram aprovados ontem pela Comissão de Representantes Permanentes do Mercosul (CRPM) e serão submetidos nesta segunda, dia 17, ao Conselho do Mercado Comum (CMC) — instância máxima do bloco — segundo antecipou em entrevista exclusiva à Agência Brasil o representante permanente da Missão Brasileira junto à Associação Latino-Americana de Integração (Aladi) e Mercosul, embaixador Regis Arslanian.

Os recursos sairão do Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (Focem). Criado em 2004 na Cúpula de Ouro Preto, o Focem conta com US$ 100 milhões anuais para aplicação em projetos de infra-estrutura nos sócios menores do bloco. O Brasil responde por 70% desses recursos.

Segundo Arslanian, o fundo começou a funcionar efetivamente este ano e outros 15 projetos já foram aprovados, num total de US$ 90 milhões. Na lista de espera para apreciação estão outros 15 projetos paraguaios.

A exemplo dos fundos estruturais europeus, criados para impulsionar as economias menores, o Focem é um mecanismo para tentar reduzir as assimetrias entre os parceiros do bloco.

- O grande êxito do Mercosul de 2007 foi o Focem - avalia o embaixador.

A redução de assimetrias é um dos maiores desafios do bloco e, segundo Arslanian, deve ser o principal tema da reunião do CMC, que se encerra com a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul.

- O que mais trabalhamos nos últimos seis meses foi justamente cuidar da parte das assimetrias dentro do Mercosul - revela Arslanian.

O plano estratégico de redução das desigualdades, porém, ainda está sendo trabalhado e deve ser submetido ao Conselho do Mercado Comum apenas em julho do ano que vem.

- É um plano enorme, muito abrangente e tem tudo, até a área de saúde. Lamentavelmente não ficará pronto agora mas certamente ficará pronto no próximo semestre - estima.

Outro tema que está avançando, segundo o embaixador, é a eliminação da bitributação, prevista para ocorrer em 2009. Na avaliação de Arslanian, desafios nesse sentido são a construção do Código Aduaneiro, a adoção de um mecanismo de redistribuição da renda aduaneira que favoreça os sócios menores e a criação de um sistema informatizado integrado das aduanas.

- Avançamos muito neste semestre para conseguirmos a eliminação da dupla cobrança até o final do ano que vem - afirma.

Apesar disso, o assunto não avançou como o esperado na reunião de ministros da área econômica e presidentes de bancos centrais dos países do Mercosul e dos Estados associados, realizada ontem em Montevidéu. O plano estratégico de redução de assimetrias também não evoluiu segundo relato do ministro uruguaio de Economia e Finanças, Danilo Astori.

- A verdade é que não foi possível concretizar avanços significativos nos dois temas - admitiu Astori em coletiva de imprensa após a reunião.

Os assuntos voltam ao debate hoje na 34ª Reunião Ordinária do Conselho do Mercado Comum.

AGÊNCIA BRASIL
 
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