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 | 13/12/2007 18h36min

Entrada de carne com osso cria polêmica no Rio Grande do Sul

Estado teme perder status de área livre de aftosa com vacinação

Cristiano Dalcin  |  cristiano.dalcin@canalrural.com.br

A autorização para ingresso de cortes de carne de 12 Estados no Rio Grande do Sul, anunciada no final de novembro, está provocando polêmica no meio pecuarista. O mercado gaúcho, que só comprava carne de Santa Catarina, Rondônia, Acre, Pará e dois municípios do Amazonas, passou a poder receber o produto sem osso de novos locais que foram classificados como área livre de aftosa com vacinação pelo Ministério da Agricultura.

A cadeia produtiva da pecuária quer mais, e encaminhou um pedido para que seja liberada também a entrada de carne com osso vinda destes Estados. A medida seria em caráter emergencia, para evitar que o corte de costela, o mais consumido pelos gaúchos, falte no mercado durante o verão.

O Ministério da Agricultura ainda não autorizou a liberação, mas Francisco Signor, superintendente no Rio Grande do Sul, defende a entrada de carne com osso no Estado para que isso não ocorra de forma clandestina.

– Não há nenhum problema de ordem técnica e não há nenhum risco de contaminação desde que o produto venha nas condições e na legislação estabelecida pelo Ministério da Agricultura de SIF para SIF com controle, e não como está hoje. O atravessador lucra com isso, o produtor não ganha, o estado perde e o consumidor paga a conta – argumenta Signor.
 
A Secretaria de Agricultura teme que a liberação do ingresso de carne com osso possa comprometer o Estado diante da Organização Mundial de Saúde Animal. Hoje o Rio Grande do Sul é considerado livre de febre aftosa com vacinação.
 
– Se nós, Estados, desrespeitarmos, nós corremos o risco de ser penalizados e até perder o status que nós temos hoje, que é uma conquista tão difícil para se poder exportar carne para o mercado internacional – diz João Carlos Machado, secretário da Agricultura gaúcho.

– Nós não podemos brincar com a questão sanitária, nós temos sempre dito. Issonão é uma decisão política, é uma decisão eminentemente técnica. Nós que ocupamos cargos políticos não podemos com um simples canetaço tomar uma atitude aí contrariando o lado técnico – complementa.

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