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 | 11/12/2007 04h02min

Mantega diz que pobres serão os maiores prejudicados com fim da CPMF

Ministro afirmou que prejuízo pode chegar a R$ 30 bilhões caso prorrogação não seja aprovada

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a dizer, na noite de segunda-feira, que está confiante na aprovação da proposta que prorroga a CPMF, prevista para ser votada quarta-feira no Senado. Segundo o ministro, o maior prejudicado, se a proposta não for aprovada, será a população de baixa renda, já que "o acréscimo de recursos para a saúde será inviabilizado, e os investimentos para os programas sociais serão afetados".

— Acredito que vai prevalecer o bom senso dos senadores. Todos sabem da importância da CPMF para a saúde, para a previdência e para o Bolsa Família. Quem será prejudicado sem a aprovação da CPMF é a população de baixa renda — afirmou o ministro, que participou da cerimônia de entrega de prêmios da revista Isto É aos Brasileiros do Ano.

Mantega disse que, caso a CPMF não seja aprovada ainda neste ano, levará muito tempo para aprovar uma nova emenda à Constituição, causando um prejuízo muito grande.

— Não será um prejuízo de R$ 40 bilhões, mas poderá ser de R$ 30 bilhões, o suficiente para fazer um estrago no orçamento — afirmou.

Ao conversar com os jornalistas, antes de participar da solenidade, o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), ainda não havia sido informado sobre o adiamento da votação da CPMF de hoje para amanhã. Viana afirmou que o Senado estava pronto para fazer a votação a partir das 16 horas desta terça-feira e que, se dependesse dele, a matéria sobre o tributo seria votada.

Viana também disse que esperava que a votação para a eleição do novo presidente do Senado ocorresse quarta-feira, embora considere difícil a coincidência de ser votada no mesmo dia da prorrogação da CPMF.

— Ou se recorrerá pela obstrução do adiamento maior da CPMF ou o adiamento da eleição da Mesa — disse ele.

Também participaram do evento o presidente em exercício José Alencar, os ministros Fernando Haddad, da Educação; Tarso Genro, da Justiça; Reinhold Stephanes, da Agricultura; Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial; e Márcio Fortes, das Cidades, além do ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e do presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP).

AGÊNCIA BRASIL
 
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