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 | 10/12/2007 20h03min

Governo adia votação da CPMF

Sem votos suficientes, Planalto transferiu a sessão prevista para terça

Atualizada em 11/12/2007 às 03h16min

Sem os votos necessários para a prorrogação da CPMF até 2011, o governo adiou a votação da proposta para quarta ou quinta-feira, informou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

A votação ocorreria nesta terça-feira, mas os senadores da base governista Flávio Arns (PT-PR) e Roseana Sarney (PMDB-MA) poderiam não comparecer à sessão por motivo de saúde, reduzindo o número de votos favoráveis ao imposto do cheque.

Roseana sofreu uma cirurgia no pulso e não poderá ir ao Senado na terça, enquanto Arns terá que se submeter a uma sessão de quimioterapia. Na segunda-feira, Jucá havia dito que o governo não poderia abrir mão desses dois votos.

— Não faltam votos, mas presenças. Não queremos perder por WO. Tudo depende de duas presenças: Roseana Sarney e Flávio Arns — disse Jucá, reconhecendo que as votações podem se estender até quinta-feira, mas evitou falar em número de votos.

Na quarta-feira, o Senado previa escolher o novo presidente do Senado, o que também deve ser adiado.

Saiba a trajetória da tarifa.

Na reta final para a votação em primeiro turno da renovação do imposto do cheque até 2011, o governo encontra dificuldades para obter a adesão da totalidade dos senadores da base aliada, enquanto tenta convencer dissidentes da oposição.

Em princípio, são 53 os senadores governistas, mas com cerca de sete possíveis baixas e a impossibilidade declarada de votar do presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), que só atua em caso de empate, o governo não consegue obter os 49 votos necessários.

Além de uma proposta de última hora aos tucanos, que poderá ser o aumento dos repasses da arrecadação da CPMF à saúde, como quer o governador José Serra (SP), o DEM também está no alvo. Pelo menos três deles estão sendo pressionados por seus governadores para aderirem à CPMF.

O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem conversado diretamente com governadores e senadores para obter votos. De forma pública, Lula tem pressionado os opositores ao responsabilizá-los pelos problemas do país caso a CPMF não seja renovada.

Agência Estado
 
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