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 | 10/12/2007 19h05min

CPMF representa mais gastos que arroz e feijão

A tarifa corresponde ao sétimo maior dispêndio anual das famílias brasileiras

Os brasileiros gastam R$ 25 bilhões por ano na compra de arroz, feijão e leite juntos, bem menos que a estimativa de arrecadação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para este ano — R$ 40 bilhões, aponta um levantamento realizado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio), com base nos dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Saiba a trajetória da tarifa.

Em termos percentuais, enquanto o feijão representa 0,5% no total do consumo das famílias, a tarifa participa com 3,3% — em média, todo produto ou serviço comprado tem o valor final elevado em 3,3% por causa do imposto. Para o assessor econômico da Fecomércio paulista, Fábio Pina, a contribuição tem um caráter perverso, pois incide até mesmo sobre itens da cesta básica, como arroz e feijão, que, pela legislação vigente, são isentos de tributos ou possuem uma taxação diferenciada.

— Esses itens essenciais são isentos de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), por exemplo, mas não da CPMF — afirmou.

Segundo a federação, se fosse um item separado na POF, a tarifa representaria o sétimo maior dispêndio anual das famílias brasileiras, atrás apenas de despesas como aluguel, vestuário, impostos diretos (sobre Propriedade de Veículos Automotores e Predial e Territorial Urbano, por exemplo), alimentação fora do domicílio, manutenção do lar e educação.

— Diferentemente do IPVA e do IPTU, que têm uma função direta, ligada a serviços correlatos, como manutenção de asfalto ou iluminação, a CPMF está em todos os produtos, indistintamente — disse Pina.

Agência Estado
 
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