O presídio para jovens entre 18 e 24 anos, experiência-piloto com a qual o Ministério da Justiça quer presentear o Rio Grande do Sul, deverá ser construído em São Leopoldo, no Vale do Sinos. A decisão foi tomada ontem pelo ministro da Justiça, o gaúcho Tarso Genro, após estudos que duraram semanas.

A preferência era por Viamão, mas a resistência da comunidade daquele município — incluindo o prefeito Alex Boscaini (PT), que repudia a idéia — fizeram com que a escolha recaísse sobre São Leopoldo. Zero Hora, em 26 de novembro, antecipou essa possibilidade.

O prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi (também do PT), era inicialmente contrário à construção de penitenciárias na cidade, que já tem um presídio regional. Começou a apoiar a iniciativa no momento em que soube da intenção de criar um projeto para jovens, que inclui perspectivas concretas de reintegração social do preso.

— Éramos contrários a uma prisão de segurança máxima, onde só ficam bandidos. Mas se o presídio para jovens tem mesmo uma política diferenciada, de reconstrução do cidadão, não temos nada contra — disse.

O presídio, que deve ter mais de 200 vagas e custar cerca de R$ 15 milhões, será erguido numa área pública próxima ao Morro do Paula, na divisa com Sapucaia do Sul. O presídio de segurança máxima para adultos ainda não tem sede definida. As perspectivas estão entre Arroio dos Ratos e Guaíba.

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