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 | 04/12/2007 08h21min

Álcool sobe no Rio Grande do Sul e leva junto a gasolina

Mesmo com aumento, preços ficam abaixo do registrado no mesmo período de 2006

Com 25% de álcool em sua composição, a gasolina já está mais cara por conta da alta no preço do derivado da cana-de-açúcar. Pesquisa da Agência Nacional de Petróleo (ANP) na última semana de novembro apontou que os gaúchos estavam pagando, em média, 2,87% mais pela gasolina, na comparação com a semana anterior.

O vice-presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Rio Grande do Sul (Sulpetro), Adão Oliveira, acredita que o fenômeno é fruto do aumento do preço do álcool, que foi de 20,46% em novembro, segundo a ANP.

O diretor técnico da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), Antônio de Pádua Rodrigues, lembra que, apesar do aumento, os preços da gasolina e do álcool neste ano ainda estão abaixo dos verificados na primeira semana de dezembro de 2006, quando a gasolina valia R$ 2,674, e o álcool, R$ 1,845 no Rio Grande do Sul. É que, em 2007, há mais etanol (álcool) no mercado, uma vez que foram produzidos 19 bilhões de litros na safra, ante 16 bilhões na anterior.

Por isso, durante 20 semanas, até metade de novembro, o preço do álcool representava menos de 70% do preço da gasolina no Estado - até este percentual, é mais econômico abastecer os carros flex com o derivado da cana.

A alta de preço do etanol neste período é normal, por causa da entressafra da cana. A colheita e a moagem do produto são feitas entre abril e dezembro. Portanto, até a nova safra, o abastecimento será feito com estoques, e os preços aumentarão para regular a demanda.

Especialista sugere mudanças para reduzir oscilações

O presidente do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura, Adriano Pires, no entanto, acredita que mudanças na legislação poderiam reduzir a volatilidade das cotações do álcool, diminuindo a diferença de valores entre safra e entressafra.

Entre as medidas sugeridas pelo especialista, estão a permissão para negociação direta entre usinas e postos (hoje a intermediação por distribuidoras é obrigatória) e a negociação de contratos de álcool na Bolsa de Mercadorias e Futuros, o que permitiria negócios de médio e longo prazo.

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