Uma nova missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) desembarca neste segunda, dia 16, em Buenos Aires, capital argentina, para realizar uma "revisão" da economia do país. O ministro da Economia, Roberto Lavagna, tenta evitar excesso de expectativas, afirmando que o resultado pode ser apenas "troca de informações".

No comando, estará o vice-chefe do Departamento Ocidental do FMI, John Dodsworth. Neste domingo, dia 15, um dos principais assessores de Duhalde, o ministro da Produção, Aníbal Fernández, pediu ao FMI "um acordo de cortesia", que permita ao governo argentino negociar separadamente com o Banco Mundial (Bird) e com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) por outro.

A Argentina não honrou o pagamento de dois vencimentos no Bird, este ano. Mesmo em moratória, os países não costumam deixar de pagar esses financiamentos, que têm juros baixos e linhas especiais para o combate à pobreza. O FMI não permite negociações isoladas de ajuda, sem o fechamento de um acordo.

O governo argentino se recusa a utilizar as reservas do Banco Central para pagar dívidas com os organismos financeiros internacionais, para não pressionar a cotação do dólar. Nesta semana, completam um ano as renúncias do polêmico ministro da Economia, Domingo Cavallo, e do presidente Fernando De la Rúa. Nos protestos, no ano passado, quase três dezenas de pessoas foram mortas pela repressão policial.

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