As duas maiores empresas do setor de aves e suínos - Sadia e Perdigão - estão otimistas quanto à elevação de consumo nas ceias de final de ano, mesmo com os valores mais altos. O diretor comercial Brasil da Sadia, Sérgio Fonseca, explica que o setor está apenas recuperando o preço, ano passado prejudicado com o desajuste dos estoques no país em razão de fatores diversos como embargo russo e gripe das aves. Neste ano, o alojamento dos animais foi praticamente semelhante à expectativa de aumento nas vendas.

Com esse cenário, as indústrias se preparam com o aumento da produção e novidades. O incremento de renda e emprego no país irá elevar as vendas, aposta Ricardo Menezes, diretor de Relações Institucionais da Perdigão.

É exatamente a melhora do poder aquisitivo no país que faz a Sadia apostar este ano na decolagem do peru, ave símbolo do Natal, mas que depende muito da disponibilidade de dinheiro no bolso do consumidor. O feriado prolongado também deve colaborar para o incremento de consumo.

– Quando a renda do trabalhador aumenta, o pessoal investe em produtos mais tradicionais e de maior valor agregado – pondera Fonseca.

Como estratégia comercial e de marketing, a empresa também adequou suas embalagens, aumentando o apelo natalino. A Perdigão aposta no lançamento da picanha suína e na lasanha de bacalhau. Diferentemente da concorrente, a empresa acredita em vendas maiores do chester. Na Sadia, a produção será até 15% maior e na Perdigão, 10% superior.