| 15/11/2007 17h51min
As aparições seguidas do chanceler Celso Amorim na sede da Organização Mundial do Comércio (OMC) e sua liderança no grupo dos países emergentes alimenta comentários cada vez mais freqüentes de que o brasileiro estaria se preparando para se candidatar ao posto de diretor-geral da entidade. Questionado por jornalistas estrangeiros, ele negou tal possibilidade, sem muita veemência.
— Nunca — respondeu, mas logo depois, disse: — Nunca devemos dizer nunca.
A OMC é atualmente conduzida pelo francês Pascal Lamy, que tem mais três anos de mandato. No caso do ministro, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva também terminará em três anos. Tradicionalmente, a entidade foi chefiada por um representante de país rico. Mas, desde a atual década, uma pressão cada vez maior existe para que haja uma alternância na direção entre países desenvolvidos e emergentes.
Em 1999, o neozelandês Mike Moore assumiu o comando da entidade, seguido pelo tailandês Supachai
Panitchpakdi, o primeiro representante de um
país emergente em mais de 50 anos, desde a criação do sistema multilateral do comércio. Panitchpakdi foi então substituído por Lamy, numa campanha que contou com o candidato brasileiro Luis Felipe de Seixas Correa. Amorim faz de tudo para evitar dar uma indicação do que fará nos próximos anos. Perguntado se iria continuar no cargo de chanceler, deixou claro que a decisão é de Lula.
— Não é para mim que essa pergunta deve ser feita. Eu não tenho outros planos e acho que temos tido uma política externa inovadora — afirmou, destacando a aproximação com a África e outras iniciativas.
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