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 | 13/11/2007 18h58min

Justiça mantém proibição de corte de gás pela Petrobras

Estatal pode negociar elevação da compra do produto da Bolívia

A Justiça negou o pedido da Petrobras para derrubar a liminar que a impede de reduzir o fornecimento de gás natural ao Rio de Janeiro. A decisão tomada pelo juiz Wagner Cinelli, da 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, favoreceu o governo estadual, que havia obtido a liminar, e obriga a empresa a fornecer o mesmo volume de gás que vem sendo distribuído pela CEG e CEG Rio nos últimos 12 meses (cerca de 7,5 milhões de metros cúbicos por dia). A Petrobras fornece hoje ao Estado 7,2 milhões de metros cúbicos diários de gás natural, mas apenas 5,1 milhões estão contratados.

O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, disse no Senado que foi informado de que a Petrobras negociará com a Bolívia o aumento no fornecimento de gás ao Brasil — de 30 milhões de metros cúbicos por dia, constantes do contrato atual, para 34 milhões de metros cúbicos diários. Segundo ele, o aumento dos investimentos da estatal na Bolívia é para elevar a produção do país e as compras do produto pelo Brasil.

Na semana passada, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse que os novos investimentos não incluem a expansão do gasoduto Bolívia-Brasil, que hoje transporta os 30 milhões de metros cúbicos diários de gás natural. Uma das formas de elevar o fornecimento para o Brasil sem ampliar o gasoduto, explicou Lima, seria o aumento da compressão do gasoduto para que possam ser bombeados 4 milhões de metros cúbicos a mais por dia. Em comentário às declarações de Lima sobre aumento da importação de gás, o senador Delcídio Amaral (PT-MS), ex-diretor de Gás da Petrobras, disse que o gasoduto, construído pela Petrobras, já foi projetado para despachar 34 milhões de metros cúbicos para o Brasil.

— Fui informado de que a Petrobras vai investir para aumentar a produção. Do jeito que está o gasoduto, a capacidade máxima pode chegar a 34 milhões. Para mais que isso, são necessárias outras alternativas — disse Amaral.

Agência Estado
 
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