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 | 12/11/2007 14h47min

Associações de biocombustíveis pedem revisão de relatório da ONU

Carta que critica proposta de moratória foi entregue ao secretário Ki-moon

A União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica) apresentou na manhã desta segunda-feira carta endereçada ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, na qual solicita que o relatório interino produzido pelo relator especial do órgão sobre o direito ao alimento, Jean Ziegler, seja revisado com base em dados científicos e factuais. Em 22 de agosto, o relator entregou à Assembléia Geral da ONU um relatório dizendo que a produção de biocombustíveis irá competir com a de alimentos e sugeriu uma moratória de cinco anos para os biocombustíveis.

Segundo o presidente da Unica, Marcos Jank, o relatório é mais emocional que racional e não leva em conta a realidade. Jank diz que Ki-Moon ficou muito impressionado com a visita realizada a regiões produtoras de etanol no Brasil e que mostrou sua preocupação em relação às alternativas aos combustíveis fósseis para evitar o aquecimento global.

A carta, assinada em conjunto com a Associação Canadense de Combustíveis Renováveis, a Associação de Combustíveis Renováveis dos Estados Unidos e a Associação Européia do Combustível Bioetanol, foi encaminhada à ONU por e-mail e entregue ontem em caráter informal. Nela, a Unica ressalta a necessidade de um diálogo construtivo em relação aos biocombustíveis no mundo.

Cinco temas são destacados. O primeiro é que os biocombustíveis não levam à fome. O segundo é que os preços do petróleo subiram muito mais que os agrícolas nos últimos três anos. Também ressaltam os ganhos econômicos e sociais dos biocombustíveis, assim como seu auxílio para mitigar os efeitos do aquecimento global. A carta é a primeira ação de uma parceria que vai unir esforços para defesa do biocombustível no mundo em torno de uma agenda comum.

— Sabemos que existem diferenças entre essas quatro regiões representadas pelas entidades, mas vamos nos concentrar numa agenda comum, que tem como base a criação de um mercado global de biocombustíveis — disse Jank, ressaltando que temas como tarifas e padronização não serão discutidos por essa parceria.

Agência Estado
Fernando Bizerra, EFE  / 

Ki-moon foi recebido ontem pelo presidente Lula
Foto:  Fernando Bizerra, EFE


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