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Palocci reafirma que país terá superávit primário necessário

Futuro ministro disse que mercado pode ficar tranqüilo

O futuro ministro da Fazenda, Antônio Palocci, reafirmou nesta sexta, dia 13, que o novo governo vai gerar o superávit primário que for necessário para a estabilização da relação da dívida pública com o Produto Interno Bruto (PIB). Palocci não quis afirmar, no entanto, se a meta acertada com o Fundo Monetário Internacional (FMI), de 3,75 por cento do PIB para o ano que vem, será ou não suficiente para se atingir o objetivo.

– A nossa política econômica deve prever o superávit necessário para que se estabilize a relação da dívida com o PIB – disse Palocci – Essa é uma questão central para o Brasil.

Palocci se recusou a responder de forma categórica à pergunta sobre se a meta acertada é suficiente e se ela poderia ser mudada ao longo do ano que vem. O futuro ministro afirmou que não vê incompatibilidade entre um projeto social eficiente e o equilíbrio econômico.

– O desafio é se construir um sistema eficiente do ponto de vista fiscal, monetário e cambial e, ao mesmo tempo, ter condições de oferecer uma política social justa para o país – disse, reafirmando que as demandas sociais são "inadiáveis".

A qualidade dos gastos deve estar no centro das atenções, afirmou Palocci, repetindo um argumento utilizado por Malan nos últimos anos. Ele propôs a unificação de programas sociais que combatem o mesmo problema mas estão em ministérios diferentes. Além de discutir a qualidade das despesas, Palocci admitiu a possibilidade de cortar gastos em outras áreas para preservar a prioridade que o governo petista pretende dar para os gastos sociais.

Na formação de sua equipe, que já está sendo discutida, Palocci afirmou que deve dar preferência a servidores de carreira já trabalhando nos órgãos do ministério. Elogiando a competência do secretário do Tesouro Nacional, Eduardo Guardia, Palocci negou que o tenha convidado para permanecer no cargo.

– Não temos pressa em trocar pessoas, queremos montar a melhor equipe possível – afirmou, estendendo o raciocínio também para a diretoria do Banco Central – Estamos preocupados em montar equipes na hora certa, que tenham firmeza de atuação e competência.

Palocci, que pretende anunciar os secretários com quem vai trabalhar até o dia 31, afirmou que o governo achou "mais adequado" fazer a transição para a posse de Henrique Meirelles na presidência do BC com a permanência temporária da atual diretoria do banco. Mas que isso não deve ocorrer na Fazenda.

– O mercado pode ficar tranqüilo, as pessoas certas vão estar nos lugares certos – disse Palocci – Vamos fazer uma política muito responsável.

As informações são da Agência Reuters.

 
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