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 | 06/11/2007 05h25min

Renan Calheiros retorna ao Congresso com discrição

Presidente licenciado chegou à Casa às 17h e se fechou em seu gabinete

Tentando não chamar atenção, o presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), retomou nessa segunda-feira, dia 5, as atividades depois de pedir licença médica de 10 dias. O parlamentar chegou ao Senado pouco depois das 17h, sem avisar previamente os funcionários.

Calheiros não pisava no Congresso desde o dia 11 de outubro, quando gravou o vídeo em que se licenciava da presidência para se defender de acusações de corrupção. Ele permaneceu em seu gabinete e, segundo assessores, ficou despachando. A aliados, Calheiros informou que pretende adotar uma postura mais discreta e que, por enquanto, não deve conceder entrevistas.

Nos primeiros 30 minutos no gabinete, Calheiros comunicou ao presidente interino da Casa, Tião Viana (PT-AC), ao líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), e ao presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), que estava de volta ao Legislativo para se dedicar à defesa.

A estratégia do peemedebista será evitar discursos ou polêmicas para não puxar para si os holofotes da crise política. Calheiros disse a aliados que desde que deixou o Senado conseguiu deixar de ser o "centro das atenções", o que considera positivo, uma vez que responde a quatro processos por quebra de decoro no Conselho de Ética.

O senador encerrou uma bateria de exames na semana passada, com revisão oftalmológica e teste de esforço. O parlamentar se afastou da presidência do Senado por 45 dias no dia 11 de outubro. Pouco depois, também pediu licença médica de 10 dias para manter-se afastado. Durante o período, ficou recluso na residência oficial.

O Conselho de Ética deve retomar na semana que vem as discussões sobre os processos contra o presidente licenciado. O senador Jefferson Péres (PDT-AM) prometeu entregar até o dia 15 o relatório sobre a terceira denúncia contra o peemedebista, na qual ele é acusado de usar "laranjas" para comprar um grupo de comunicação em Alagoas.

O processo é considerado o mais grave contra o senador, já que as acusações foram reveladas pelo usineiro João Lyra, ex-aliado do peemedebista que se tornou seu adversário político no Estado.

Apesar do retorno de Calheiros, o PMDB trabalha nos bastidores para realizar, até o final deste ano, novas eleições para a presidência do Senado. Como o partido espera que o senador se afaste em definitivo do cargo, os peemedebistas se articulam para emplacar o novo presidente da Casa, com o objetivo de evitar disputas dentro da base aliada.

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