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 | 30/10/2007 19h53min

FAO discute gripe aviária na América Latina e Caribe

Vírus H5N1 pode tornar-se endêmico em aves domésticas

O diretor de Programas da Área Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Jorge Caetano, está em Santiago, no Chile, para participar de reunião para analisar a situação mundial da gripe aviária no mundo e na região. O encontro é promovido pelo Escritório Regional da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para América Latina e Caribe. Especialistas de 30 países e diversos organismos internacionais já confirmaram presença no encontro.

Na semana passada a FAO alertou que o vírus H5N1 da influenza aviária pode tornar-se endêmico em galinhas, patos e gansos domésticos em algumas regiões da Europa, como já aconteceu em partes da Ásia e África. Até 25 de outubro deste ano morreram 204 pessoas em 11 dos 12 países infectados pelo vírus. Até agora, América Latina e Caribe estão livres do vírus H5N1 de alta patogenicidade, mas existe o risco  de sua introdução, com graves conseqüências econômicas e sociais. Por isso, são necessários vigilância constante e planejamento nacional e regional.

Além do perigo para a saúde humana, comprovado pelas mortes já confirmadas e da possibilidade de o vírus sofrer uma mutação permitindo a transmissão entre pessoas, a gripe aviária traz riscos à segurança alimentar e economia. A carne de ave e os ovos são os produtos pecuários mais consumidos na América Latina e Caribe e são fundamentais para a segurança alimentar de milhões de pessoas na região. Do ponto de vista econômico, a avicultura regional sofreria um grande impacto com a introdução de qualquer vírus da influenza aviária. Estudos da FAO indicam que, somente no sudeste asiático, as perdas para a avicultura comercial alcançaram US$ 10 bilhões. Já o sacrifício sistemático de aves na África causou prejuízos de US$ 60 milhões à indústria local.

Diante desse perigo, a FAO desenvolve quatro projetos de emergência na região com valor total de US$ 2 milhões, que enfocam a rápida detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade no Caribe.

A comunicação como arma

Uma das frentes de batalha contra uma doença transfronteiriça como a influenza aviária é a comunicação. Educar as pessoas sobre a gripe aviária, informar sobre os riscos e como reduzi-los é importante para prevenir sua introdução e, caso isso aconteça, como detectá-la rapidamente. Com esse objetivo, a FAO lançará durante a reunião a Estratégia Regional de Comunicação e Informação para a Prevenção da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade na América Latina e Caribe. A estratégia é fazer com que as informações e o conhecimento técnico-científico sobre a doença sejam disseminados em todos os setores envolvidos com a avicultura, do produtor ao consumidor, e abordar as fases de alerta, crise e gestão pós-crise.

Saiba mais sobre a Gripe Aviária no Site Especial

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