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 | 24/10/2007 06h47min

Paulo Roberto Falcão: Quatro campeonatos

Muita gente está espantada com a lotação dos estádios nesta reta final do Brasileirão, já com o título praticamente definido a favor do São Paulo. A afluência de público, além de chancelar a tão questionada fórmula de pontos corridos, mostra que os torcedores brasileiros começam a dar importância para a classificação de seus clubes preferidos, mesmo quando estes não têm mais chance de ser campeão. Como bem disse o vice-presidente de planejamento do São Paulo, Marcelo Portugal Gouvêa, são quatro campeonatos num só.

O primeiro é o mais ambicionado, pois dá direito a participar da principal competição do continente e possibilidade de chegar à disputa do Mundial. Ninguém mais tira o São Paulo desta condição, mas todos os demais que estão um pouco acima ou um pouco abaixo dos 50 pontos podem pleitear as vagas restantes. Estão assim Palmeiras, Cruzeiro, Santos, Grêmio e Flamengo. O segundo campeonato mais importante, dentro do Brasileirão, é o da Sul-Americana. Embora seja uma espécie de prêmio de consolação para quem não consegue chegar ao G4, também começa a ser valorizado pelos clubes e por seus torcedores, que ao menos têm a oportunidade de participar de uma competição internacional. Praticamente todos os clubes podem ficar nesta faixa de sete classificados. Há também uma competição sem prêmio no Brasileirão, a faixa das cinco equipes que ficam apenas com o direito (ou o consolo) de se manter na elite. Abaixo dela está a desgraça do rebaixamento. Como exceção do América-RN, que já estão condenado, as torcidas dos outros atuais ocupantes do grupo de baixo ainda não perderam a motivação de ajudá-los a sair do buraco.

Tudo isso faz do Brasileirão uma competição empolgante, mesmo sem a qualidade técnica desejada.

Fatores

Claro que há outros fatores importantes para o aumento do público deste Brasileirão, que já é 30% superior à média do ano passado. Um deles é a mobilização da torcida do Flamengo. Outro está relacionado com as promoções do comércio, que colocam ingressos à disposição de pessoas de menor poder aquisitivo. Mas algumas torcidas têm se mantido fiéis, mesmo quando não existe promoção alguma.

Sensatez

Na estranha condição de técnico e jogador, Romário optou por não se escalar para o jogo desta quarta, em que o Vasco precisa ganhar do América, do México, por diferença de três gols. É uma decisão sensata, para garantir o respeito do grupo. Mas se o Vasco estiver precisando de um golzinho no final, dificilmente ele se conformará em ficar quietinho no banco.

Fórmula

Mesmo quem aprecia formulismos deve reconhecer que seria injusto zerar tudo para um quadrangular, ou para uma final, quando o São Paulo está 13 pontos na frente do segundo colocado.

 
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