A Receita Federal do Brasil arrecadou em setembro R$ 48,4 bilhões em impostos, um recorde para o mês. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve crescimento nominal de 8,46% e de 4,14%, considerando a correção pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial de inflação.

No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a Receita arrecadou R$ 429,9 bilhões. Considerando-se o IPCA, o resultado sobe para R$ 435 bilhões, 9,94% a mais que no mesmo período de 2006.

Todos os números são recorde histórico para cada período, segundo o secretário adjunto da Receita Federal do Brasil, Carlos Barreto. Ele destaca que a política de incentivo e desoneração promovida pelo governo sobre alguns setores da economia tem permitido maior lucratividade das empresas, o que gera mais arrecadação.

Na comparação entre setembro e agosto deste ano, a arrecadação caiu 0,38%. Segundo Barreto, isso deveu-se ao pagamento, em agosto, da primeira e única cota do Imposto Territorial Rural referente a 2006.

Também contribuiu para a queda o menor número de dias úteis de setembro, quatro a menos que o mês anterior. De acordo com o secretário, isso afeta o recolhimento diário do Imposto sobre Importação e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), vinculado à exportação.

Outra razão são os recolhimentos “atípicos” em agosto do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição sobre Lucro Líquido (CSLL) por parte de instituições financeiras, referente à venda de participações acionárias.

AGÊNCIA BRASIL