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 | 18/10/2007 05h57min

Oposição desconfia da isenção de CMPF para quem ganha até R$ 1,7 mil

Senadores dizem que proposta do governo é nova tentativa de prorrogação

A proposta de isenção da cobrança de Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para trabalhadores com renda mensal de até R$ 1,7 mil foi recebida com desconfiança pela oposição.

Senadores do PSDB e do DEM vêem na oferta do Planalto uma manobra para garantir a prorrogação do tributo, empurrando para um futuro indefinido a regulamentação da isenção do tributo.

– Só agora, depois da posição contrária que adotamos, estão fazendo essa oferta. É claro que não vamos aceitar. O governo já havia sugerido alíquota de 0,08% para a CPMF. Gato escaldado tem medo de água fria. Essa proposta não nos satisfaz. Desta vez, queremos proteger o contribuinte mais pobre – disse o líder do DEM no Senado, Agripino Maia (RN).

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse que não dá para confiar nessa oferta do governo:

– Como vamos confiar no governo? O que nós queremos é o fim da contribuição. O governo promete, depois não faz nada.

A desconfiança da oposição se baseia no fato da proposta de isenção precisar ser ratificada por meio do envio de um projeto de lei ao Congresso. Como a tramitação do projeto de lei é lenta, a oposição desconfia que a matéria poderá não sair do papel.

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou que nem considerou a alternativa como possibilidade de negociação. Segundo ele, os tucanos querem reduzir a alíquota de 0,38% e a diminuição da carga tributária de uma forma geral no país.

– Para o PSDB, é tudo conto da Carochinha. Nós não vamos cair de novo nesse conto – disse.

Governistas avaliam que clima é positivo no Senado

Apesar da postura inflexível da oposição, os governistas esperam conseguir a aprovação da PEC da CPMF até o final do ano.

– Acho que se construiu um clima positivo para a votação. O peso do Senado estava completo na reunião, o que abre brechas para discutirmos a matéria – disse a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC).

O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) afirmou que a alternativa seria conduzida paralelamente às discussões para a votação da CPMF. Segundo ele, a sugestão ainda é embrionária e precisa de mais detalhamento. O petista disse que outra alternativa é desonerar os impostos dos investimentos - no caso de compra de máquinas e equipamentos.

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