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 | 27/11/2002 10h38min

Inspetores da ONU concluem primeira missão no Iraque

Os inspetores de armas da Organização das Nações Unidas (ONU) terminaram nesta quarta, dia 27, sua primeira missão de campo no Iraque em quatro anos, num processo do qual depende a guerra ou a paz no instável Oriente Médio. Os inspetores deixaram sua sede, no velho hotel Canal (zona sudeste de Bagdá), às 8h30min (3h30min em Brasília) e se dividiram em dois grupos, ambos escoltados por funcionários do governo iraquiano. Eles passaram cerca de três horas em um grande complexo militar no leste de Bagdá. Ainda não informações de como foi a missão.

O primeiro comboio de inspeção, da Unmovic (o grupo que busca mísseis e armas químicas e biológicas), se dirigiu para o complexo militar. O segundo, com os técnicos da AIEA (que procura armas nucleares), supostamente foi para um pequeno complexo industrial a nordeste da cidade. Cerca de 50 carros com jornalistas seguiram o primeiro comboio, mas a imprensa foi proibida de entrar no complexo militar, cujo portão, fortemente vigiado, tem um enorme retrato do presidente Saddam Hussein e a frase Deus conserve o Iraque e Saddam.

Os inspetores voltaram a Bagdá, após quatro anos de ausência, cumprindo uma resolução da ONU aprovada neste mês, que dá uma última chance para que o Iraque se desarme. Do contrário, o país deve sofrer uma ação militar dos Estados Unidos. O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, disse que a missão ''teve um começo muito bom'' e que se o Iraque colaborar e os inspetores não acharem nada de ilegal as sanções ao país devem ser suspensas.

O Iraque tem até 8 de dezembro para apresentar um relatório sobre seus programas bélicos proibidos. Na terça-feira, os inspetores disseram que não vão deixar nenhum detalhe de lado em sua missão, que conta com equipamentos mais precisos e um mandato mais claro da ONU do que a inspeção anterior. Os primeiros alvos da missão devem ser lugares que já foram visitados nos anos anteriores, para que os inspetores saibam se os equipamentos que existiam ali continuam funcionando.

Os funcionários da ONU também devem ir a novos lugares suspeitos, identificados a partir de fotos de satélite, e aos chamados "locais presidenciais'', que ficaram de fora da inspeção suspensa em 1998. Até agora há 17 inspetores no Iraque – 11 da Unmovic e 6 da AIEA. Até o final do ano, eles poderão somar um total de cem pessoas. As informações são da agência Reuters. 

Faleh Kheiber / Reuters

Inspetores se deslocaram para um grande complexo militar
Foto:  Faleh Kheiber  /  Reuters


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