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 | 22/11/2002 22h50min

Missão do FMI faz análise positiva de contas do Brasil

Acordo terá primeira revisão em dezembro

Terminada a maratona de reuniões com técnicos do governo brasileiro e representantes do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, a missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) que deixará hoje o país vai recomendar que a direção do órgão aprove a avaliação do novo acordo firmado com o Brasil.

Apesar da turbulência financeira que a economia brasileira atravessou nos últimos meses, o coordenador dos trabalhos, Jorge Marquez-Ruarte, afirmou que %26quot;a avaliação foi muito boa e não há números especialmente problemáticos%26quot;. Para ele, a decisão do Banco Central (BC) de elevar a taxa de juros para 22% foi altamente positiva.

- O BC elevou a taxa de juros justamente para evitar que haja inflação - afirmou.

O relatório que será encaminhado à direção do FMI será acompanhado de uma carta de intenções assinada pelo ministro da Fazenda, Pedro Malan, e pelo presidente do BC, Armínio Fraga. Somente na segunda quinzena de dezembro a diretoria do FMI deverá analisar a revisão do programa de ajuda ao Brasil.

A aprovação dos números entregues pela missão que ficou 12 dias no país permitirá a liberação de mais uma parcela do empréstimo de US$ 30 bilhões concedido ao Brasil. O governo brasileiro já sacou US$ 3 bilhões e, após a aprovação dessa primeira revisão do novo acordo, serão liberados outros US$ 3 bilhões.

Segundo o diretor assistente para o Hemisfério Ocidental, Lorenzo Perez, que acompanhou Marquez-Ruarte durante as reuniões, assim que a diretoria do Fundo avaliar o documento %26quot;será divulgada a carta de intenções%26quot;. Ao contrário das revisões dos acordos anteriores, desta vez não haverá divulgação de um memorando técnico de entendimentos com novas metas para os próximos meses.

Como não há previsão de alterações das metas, serão feitos apenas ajustes nos indicadores da economia de acordo com o cenário atual brasileiro, sem necessidade de um novo memorando.

O principal ponto, o valor do esforço fiscal para o ano que vem, deverá ser discutido apenas na revisão prevista para fevereiro, quando o presidente eleito já estiver empossado, e sua equipe, nomeada.

Brasília

 
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