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 | 20/11/2002 22h12min

FMI elogia política econômica do governo Lula

Inflação e gastos sociais foram tema da reunião entre a missão do Fundo e os coordenadores da transição

O futuro governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva recebeu ontem, em Brasília, o aval informal da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), que classificou como %26quot;prudentes e apropriadas%26quot; as propostas econômicas apresentadas pela equipe de transição.

- Parece que os mercados internacionais estão respondendo muito bem ao presidente eleito - afirmou ontem o chefe da missão do Fundo, Jorge Marquez-Ruarte, após encontro com o coordenador da transição, Antônio Palocci, e o coordenador adjunto, Luiz Gushiken.

- As políticas econômicas propostas são muito prudentes e apropriadas. Tivemos acordo em muitas coisas e levamos uma boa impressão. Existe muita afinidade - concordou o diretor assistente do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, Lorenzo Perez. Perez informou que %26quot;conversas mais concretas sobre política econômica%26quot; não ocorreram no encontro.

Lula poderá se encontrar com diretor do Fundo em dezembro

As discussões sobre uma eventual mudança na meta do superávit primário ficaram para a próxima revisão do acordo, em fevereiro, como a equipe de Lula desejava.Perez disse ainda que a inflação é uma questão que preocupa o Fundo, o governo eleito e o governo Fernando Henrique, mas avaliou que medidas estão sendo tomadas para melhorar as expectativas.

Os gastos sociais foram um dos focos da reunião. Palocci disse aos representantes do Fundo que %26quot;há uma expectativa muito grande da população por mudanças%26quot; e em torno dos projetos sociais do governo eleito, aprovados nas urnas. Com esse relato, ele procurou se desincumbir da delicada tarefa de descrever um diálogo impensável até pouco tempo, quando o PT ainda tinha %26quot;Fora FMI%26quot; entre seus slogans. O coordenador da transição ressaltou, porém, que a prioridade aos gastos sociais não será dada às custas do abandono do compromisso com a estabilidade econômica.

Palocci também informou que há possibilidade de o presidente eleito se encontrar com o diretor-gerente do FMI, Horst Köhler, em dezembro.

Antes de se encontrar com a missão do FMI, o coordenador da transição esteve com o ministro da Fazenda, Pedro Malan, que o colocou a par das resoluções da reunião de segunda-feira entre o governo e o Fundo.

Brasília

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