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 | 17/11/2002 14h24min

Inspetores de armas da ONU absolverão Iraque, diz mídia oficial

A imprensa oficial iraquiana disse neste sábado, dia 16, que as inspeções de armas da Organização das Nações Unidas (ONU), que começam este mês, provarão de uma vez por todas que Bagdá não tem armas de destruição em massa. As informações, que refletem o pensamento do governo, também acusam a administração do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, de querer atacar o Iraque sob qualquer pretexto.

Elas elogiam o presidente iraquiano, Saddam Hussein, por evitar um iminente ataque aceitando a dura resolução da ONU de 8 de novembro, exigindo que o país aceitasse novas inspeções de armas, interrompidas há quatro anos. O chefe dos inspetores da ONU, Hans Blix, disse na sexta que as inspeções irão começar no dia 27 de novembro. Ele advertiu Saddam a revelar todas as suas armas de destruição em massa.

As ações das novas equipes de inspeção serão o "teste de sua credibilidade" disse o jornal al-Jumhouriya.

– Então, o sol da verdade irá brilhar fortemente e comprovar o que o Iraque disse, que não tem absolutamente nenhuma arma química, nuclear ou biológica de destruição em massa – acrescenta a publicação.

Sob a resolução 1441, recentemente adotada pela ONU, o Iraque é obrigado a fornecer uma "total, exata e completa" declaração de todos os seus programas e matérias que podem ser usados para desenvolver armas químicas, biológicas e nucleares, além de mísseis balísticos. A declaração está marcada para 8 de dezembro, um mês depois da adoção da última resolução.

Reiterando as antigas demandas de Bagdá, o jornal iraquiano disse que uma vez que esteja claro que não há armas no Iraque, o Conselho de Segurança precisará trabalhar com rapidez para suspender as sanções contra Bagdá. As sanções foram impostas como consequência da invasão do Kuwait pelo Iraque em 1990.

Segundo o jornal, o Conselho de Segurança também terá de assegurar que o resto do Oriente Médio não tenha armas de destruição em massa. Isso se aplica particularmente a Israel, conforme estabelecido pela resolução 687 da ONU, ordenando o cessar-fogo de 1991 da Guerra do Golfo, na qual uma força comandada pelos estados Unidos expulsou as tropas iraquianas do Kuwait, acrescentou.

–O primeiro plano será desarmar a entidade sionista usurpadora do arsenal de armas de destruição que possui – afirma o editorial do al-Jumhouriya.

 
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