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 | 02/07/2007 09h06min

Atos terroristas podem levar caos aéreo às férias no Reino Unido

Aeroporto de Glasgow registrou filas após atentado de sábado

Os atentados frustrados terroristas do fim de semana em Londres e Glasgow geram previsões de um verão com atrasos, perturbações e caos nos aeroportos do Reino Unido devido às rígidas medidas de segurança a serem tomadas.

Uma prévia do que pode ocorrer no verão foi registrado no sábado, quando milhares de escoceses que pretendiam sair de férias ficaram sem poder voar devido ao fechamento do aeroporto de Glasgow depois que um veículo foi jogado em chamas contra a entrada do terminal de passageiros.

Muitos deles ficaram presos durante horas sem poder sair dos aviões que já estavam na pista, enquanto outros tiveram que caminhar quilômetros sob uma intensa chuva arrastando pesadas malas de volta à cidade ou a caminho de algum hotel.

Outro aeroporto que também ficou fechado durante horas foi o John Lennon, de Liverpool, por suspeitas da polícia em relação a um veículo estacionado. No domingo, correu o rumor de que também em Heathrow, o principal do Reino Unido, tinha aparecido um pacote suspeito.

Gordon Brown

Por causa dos incidentes terroristas, o governo de Gordon Brown elevou no sábado a "crítico" (máximo) o nível de alerta terrorista, o que levou a reforçar a segurança em todos os lugares públicos em prevenção de novos ataques terroristas.

Decididos a evitar por todos os meios uma repetição do ocorrido em Glasgow, a maioria dos aeroportos proíbe veículos particulares, e em alguns casos até mesmo táxis, de chegar à entrada do terminal para pegar ou deixar passageiros e obriga os motoristas a usar os estacionamentos.

As autoridades aconselham os passageiros a usarem transportes públicos, como trens e ônibus.

Restrições

Estas restrições podem levar a grandes atrasos na temporada de viagens, sobretudo porque estarão acompanhadas por medidas mais rígidas de segurança nos controles de passageiros.

As medidas já se intensificaram no ano passado, após a descoberta de um suposto complô terrorista no qual se utilizariam uma mistura explosiva líquida para cometer atentados em aviões.

Com os controles reforçados, as restrições impostas à bagagem de mão - um só volume, que pode ser uma bolsa ou um computador portátil, mas não os dois -, unidas à escassez de pessoal para atender ao maior número de viajantes, as filas nos aeroportos aumentaram cada vez mais.

Isto gerou críticas, principalmente entre os empresários, obrigados a usar com freqüência o aeroporto de Heathrow, que argumentam que um centro mundial financeiro como Londres não pode permitir que a atual situação perdure.

Alguns especialistas em segurança, como Norman Sharks, que trabalhou para a administração aeroportuária BAA, acredita que seria conveniente estabelecer controles de segurança nas estradas de acesso aos aeroportos.

Para Alan Hatcher, da International School for Security and Explosives Education, citado hoje pelo jornal The Guardian, "a maioria dos aeroportos britânicos está exposta ao risco de ataques terroristas como o de Glasgow, por isso, para preveni-los, deveriam instalar gelos baianos a um metro de distância uns dos outros".

EFE
 
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