Pelo menos duas pessoas morreram baleadas neste domingo, dia 10, por um palestino que entrou atirando em uma colônia agrícola israelense de Metzer, no norte de Israel. O atentado teria sido assumido, por meio de um telefonema anônimo, pelas Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, grupo armado ligado ao Fatah, movimento do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Yasser Arafat.

A ação ocorreu horas depois de um suposto "fracassado atentado suicida a bomba" ter matado dois palestinos. De acordo com os israelenses, dois palestinos dentro de um carro aparentemente detonaram seus explosivos após a polícia da fronteira identificar um veículo com "aparência suspeita" e pedir que o motorista descesse. De acordo com os policiais, não houve vítimas além dos suspeitos de terrorismo.

Os ataques ocorreram no mesmo dia que o Fatah e o grupo radical islâmico Hamas estiveram reunidos no Caíro (Egito) em uma tentativa de conter as tensões e concentrar esforços no objetivo comum de criar um Estado palestino. Iniciado no sábado, o diálogo deve transcorrer por vários dias. Autoridades palestinas disseram que um cessar-fogo nos ataques suicidas em Israel seria discutido.

Ainda neste domingo, tropas israelenses deixaram os subúrbios de Jenim, disseram testemunhas. A retirada se deu duas semanas depois que tropas altamente armadas invadiram a cidade da Cisjordânia a procura de militantes suspeitos de preparar ataques suicidas contra Israel.

Nesta segunda, o secretário-assistente de Estado norte-americano, David Satterfield, chega à região. A missão de Satterfield é iniciar o desenho de um processo de paz que inclui o fim dos ataques armados pela Palestina, a retirada das forças israelenses dos territórios ocupados, esforços mútuos para a pacificação e a formação de um Estado palestino na Faixa de Gaza e Cisjordânia até 2005.