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Organizadores esperam apoio de Rigotto

Apoio na organização e respeito à autonomia política é o que os promotores da terceira edição do Fórum Social Mundial esperam do governador eleito, Germano Rigotto (PMDB). O evento, surgido com o aval das administrações petistas na Capital e no governo gaúcho, está previsto para ocorrer de 23 a 28 de janeiro, em Porto Alegre.

– O Fórum é organizado pela sociedade civil. Nunca foi de um governo ou partido – diz Oded Grajew, idealizador do encontro e diretor-presidente do Instituto Ethos.

A secretaria nacional executiva do Fórum, em São Paulo, ainda não avaliou se a derrota petista na disputa pelo Piratini influenciará a iniciativa. Avaliações de dirigentes de entidades organizadoras, porém, são positivas.

 – Temos convicção de que vamos ter uma boa interlocução com o governo do PMDB – afirmou César Pires, coordenador estadual da Associação Brasileira de Empresários pela Cidadania (Cives).

Pires esteve reunido dia 28 com as seções gaúchas de entidades que integram a secretaria executiva, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). O Piratini e o Paço Municipal desempenham papéis importantes na estrutura da promoção, custeando passagens e hospedagem de convidados, entre outras despesas.

O representante do governo do Estado, Jeferson Miola, acredita que o crescimento do Fórum lhe confere maior autonomia. Em 2003, são esperadas mais de 100 mil pessoas em Porto Alegre. Apoio logístico e financeiro poderá vir do Palácio do Planalto.

– O governo Lula poderá contribuir – afirma Eduardo Mancuso, coordenador de Relações Internacionais da prefeitura, salientando que o Fórum será uma “grande comemoração mundial da vitória” de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Grajew acredita que Rigotto irá cumprir suas promessas e apoiar o Fórum, que “colocou Porto Alegre no mapa do mundo”:

– Quando pensei no Fórum, liguei para o Olívio (Olívio Dutra, governador do Estado) e para o Raul (Raul Pont, então prefeito da Capital), e disse que colocaríamos Porto Alegre no mapa do mundo. Um plano de marketing assim custaria bilhões. Isso beneficiou milhares e milhares de gaúchos. Não apoiar o Fórum é ir contra o povo gaúcho.

Rigotto, no entanto, considera ser necessário abrir as portas do encontro para posicionamentos políticos opostos. Pires não vê problema nisso, apesar de a presença do primeiro-ministro da Bélgica, Guy Verhofstadt, haver sido vetada em 2002. A organização do Fórum também recomendou que o vice-presidente do Banco Mundial (Bird), Mats Karlsson, não se inscrevesse.

POTI SILVEIRA CAMPOS

 
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