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 | 28/10/2002 14h01min

Blair ameaça ignorar ONU se não houver acordo sobre o Iraque

A Grã-Bretanha alertou na segunda-feira, dia 28, que a Organização das Nações Unidas (ONU) pode ser deixada de lado se os diplomatas não chegarem esta semana a um acordo sobre a resolução que trata das inspeções de armas no Iraque. Fazendo coro com a impaciência dos Estados Unidos depois de semanas de negociações, o primeiro-ministro britânico Tony Blair disse, por intermédio de seu porta-voz, que a Grã-Bretanha quer que os negociadores resolvam o assunto.

– Isso está sendo discutido desde o meio de setembro, e está chegando a um ponto em que precisamos decidir se vai ser resolvido pela ONU ou não – disse o porta-voz.

Os EUA e a Grã-Bretanha pressionam o Conselho de Segurança da ONU a aprovar uma resolução dura que estabeleça as regras que o Iraque tem de cumprir para que seja feita a inspeção de armas em território iraquiano. A rigorosa resolução daria margem para um ataque armado no caso de o Iraque não atender a todas as exigências.

Os outros países com poder de veto no Conselho de Segurança, principalmente Rússia e França, têm demonstrado resistência a essa nova resolução. O presidente do Iraque, Saddam Hussein, já havia permitido a volta dos inspetores de armas, e os trabalhos de inspeção seguiriam o que diziam as resoluções anteriores sobre o assunto.

– Se as Nações Unidas não agirem, se Saddam Hussein não agir, se ele continuar a desafiar o mundo, os Estados Unidos, em nome da paz, vão liderar uma coalizão para desarmar Saddam Hussein – disse o presidente dos EUA, George W. Bush, no domingo.

O porta-voz de Blair não quis estabelecer um prazo final para que haja um acordo na ONU.

– Mas, quando você está lidando com um assunto durante certo tempo..., quando você já discutiu o assunto, você chega a um ponto em que decisões têm de ser tomadas. Acho que estamos nesse ponto, ou perto dele – disse.

Os Estados Unidos já chegaram a reformular sua proposta inicial, abrandando os termos sobre o ataque armado para facilitar a aprovação, o que acabou não surtindo efeito. As informações são da agência Reuters.

 
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