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 | 27/10/2002 14h32min

Gás tóxico teria matado reféns em teatro do Moscou

O gás tóxico lançado no teatro de Moscou para imobilizar guerrilheiros chechenos foi o responsável pela morte de 115 reféns, disse neste domingo, dia 27, a autoridade máxima em saúde da cidade.

Rebeldes chechenos mantiveram, entre quarta-feira e sábado, centenas de pessoas como reféns dentro de um teatro de Moscou, ameaçando explodir o prédio e matar os reféns. Eles exigiam a retirada das tropas russas da Chechênia. Mas as forças de segurança invadiram o local mesmo assim, e pelo menos 117 reféns morreram. O número de rebeldes mortos não havia sido confirmado, mas podia chegar a 50. Para entrar no local, os policiais de elite primeiro bombearam um gás tóxico para dentro do teatro.

Questionado sobre quantas vítimas haviam morrido sob o efeito do gás, Andrei Seltisovsky, presidente do comitê da saúde de Moscou, respondeu:

– Dos 117 mortos, um morreu baleado.

A segunda pessoa a morrer com ferimentos de tiros foi uma mulher baleada enquanto tentava escapar do teatro, no início da ação, na noite de quarta-feira.

Ainda havia 646 reféns em hospitais, e 150 deles estavam na UTI, disse ele. Desse, 45 estavam em estado grave.

O gás, cujo agente não havia ainda sido identificado, era tão potente que, segundo imagens dos guerrilheiros mortos, eles não tiveram tempo de detonar os explosivos atados a seus corpos, apesar de os detonadores estarem em suas mãos.

Um especialista em segurança, Michal Yardley, disse em Londres acreditar que o gás usado tenha sido o BZ, que é incolor e inodoro e tem efeitos alucinógenos. Esse gás foi usado pelos Estados Unidos no Vietnã e provoca sintomas como incapacidade de andar, perda de memória, arritmias cardíacas e enjôo. Yardley disse que, segundo o Exército dos EUA, os efeitos duram 60 horas.

 As informações são da agência Reuters. 

 
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