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 | 06/05/2007 18h02min

Atlético-MG perde mas encerra jejum de sete anos

Equipe garantiu o Campeonato Mineiro mesmo com derrota para o Cruzeiro

Para quem esperava ver um simples amistoso de luxo neste domingo, no Mineirão, o Cruzeiro cumpriu sua promessa de atuar com dignidade e venceu o rival Atlético-MG por 2 a 0. Um placar longe de igualar os 4 a 0 impostos pelo Galo na semana passada. Com o resultado, o Alvinegro voltou a conquistar o título do Campeonato Mineiro após sete anos.

É o 39ª título estadual da história atleticana. O Galo penou com o fantasma do rebaixamento nas rodadas iniciais, conseguiu a recuperação justamente após uma vitória sobre a Raposa e entra no Campeonato Brasileiro disposto a mostrar que a passagem pela Série B em 2006 foi acidente de percurso.

A principal preocupação de Levir Culpi durante a semana era conter a euforia atleticana e o clima de oba-oba criado após a goleada de 4 a 0 sobre o rival no primeiro jogo. Por conta disso, o treinador admitia que sua dúvida estava em manter o sistema com dois atacantes ou repetir a tática usada em outras ocasiões e promover a entrada de um volante para dar maior segurança defensiva. A cautela do comandante alvinegra se mostrou correta.

Sem poder contar com Galvão, pego de surpresa com uma indisposição estomacal, o Galo foi presa fácil do Cruzeiro nos primeiro minutos. Ricardinho e Léo Silva perderam boas chances nos instantes iniciais, mas aos oito minutos, o garoto Guilherme não perdoou. Nenê venceu disputa por bola na ponta direita, levantou a cabeça e cruzou longo. A bola passou por toda a área e sobrou para o atacante, que dominou e chutou de longe para marcar.

Logo após o gol, Danilinho desviou cruzamento na medida e a bola parou na rede pelo lado de fora. Aos 17, Éder Luís alçou na medida para o meia-atacante, que subiu mais que Lauro, mas mandou por cima do travessão.

O Atlético estava diferente e a massa sentiu o golpe. O gol começou a ser superado dentro de campo aos poucos, mas seguia perdendo boas chances. Coelho, Danilinho, Éder Luís e até Vanderlei, substituto de Galvão, desperdiçaram chutes e cabeçadas na cara de Lauro.

Primeiro foi Nenê, aos 31, quem desviou cruzamento na segunda trave e viu Marcos salvar a pátria atleticana com a nuca. Aos 43, contudo, a sorte vestiu azul de novo. Gabriel cobrou escanteio da direita, Diego caiu antes e o zagueiro Wellington, que estreava nos profissionais celestes, ficou livre para subir e ampliar a vantagem.

A esperança celeste, entretanto, durou pouco. Sem opções, o interino Emerson Ávila teve de recuar seu time e viu o Atlético ir para cima com pressão total. No primeiro minuto do segundo tempo, Marcinho bateu sem ângulo e assustou. Levir sacou Vanderlei para a entrada de Germano e o volante assustou na primeira jogada, aos sete, quando finalizou de fora da área e mandou por cima do travessão. Dois minutos depois, o jogador fintou dois adversário, invadiu a área e chutou para fora.

Ao mesmo tempo, a Raposa ia se conformando em perder o título, mas isso não impedia novas investidas. Aos 16, Nenê subiu mais que a zaga, da marca do pênalti, e cabeceou para baixo. Diego salvou em cima da linha.

Pouco depois, uma jogada inesperada quase pôs tudo a perder para o Galo. Ricardinho cobrou falta muito fechada e a bola raspou caprichosamente na trave antes de sair. Aos 25 foi a vez de Gabriel assustar. Mesmo assim, a festa foi atleticana, em jogo de final pouco emocionante e que fez o Mineirão vibrar com os gritos de 'é campeão'.

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