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 | 23/10/2002 13h06min

Crianças vão à escola nos EUA apesar da ameaça de atirador

Pais amedrontados na região de Washington mandaram seus filhos para a escola na quarta-feira, dia 23, apesar da ameaça do franco-atirador, que já matou nove pessoas e que teria exigido US$ 10 milhões para parar com as matanças. As escolas localizadas na região de Washington, capital dos Estados Unidos, abriram suas portas pontualmente, mas com esquemas de segurança reforçados.

Nos subúrbios de Maryland, onde ocorreram cinco das nove mortes, os colégios pretendiam manter os alunos entre quatro paredes durante todo o dia. A polícia ainda investiga se o franco-atirador foi o responsável pelo assassinato de um motorista de ônibus no subúrbio de Silver Spring, em Maryland, na terça-feira. Se confirmada a autoria, essa será a 10ª vítima do atirador desde 2 de outubro. Três outras pessoas foram gravemente feridas pelo mesmo criminoso até agora.

Os investigadores encontraram uma carta com várias páginas perto do local do ataque renovando as exigências feitas no último fim-de-semana, que exigiam que US$ 10 milhões fossem depositados em uma conta bancária, segundo relatos. A primeira carta, encontrada na semana passada, incluía a ameaça às crianças, disse Charles Moose, chefe de polícia do condado de Montgomery, em Maryland.

– (A ameaça) está na forma de um post-scriptum: ``Seus filhos não estão seguros em nenhum lugar, em nenhuma hora.

A maioria das escolas na região de Washington suspendeu viagens e atividades fora do horário de aula desde que as mortes começaram. Pais voluntários ajudam a patrulhar as instalações dos colégios. Em algumas cidades, carros de polícia fazem a vigilância ao redor dos prédios escolares.

O jornal The Washington Post afirmou que o atirador deixou uma carta furiosa presa a uma árvore atrás de um restaurante em Ashland, na Virgínia, onde um homem de 37 anos foi ferido no sábado, a 140 quilômetros de Washington. A carta descrevia a polícia como incompetente e relacionava seis telefonemas para a equipe policial que cuida do caso e que foram "ignorados'', segundo o jornal.

Segundo o Washington Post, a carta dizia que "cinco pessoas devem morrer'' por causa das ligações ignoradas, e autoridades de segurança começam a se queixar de que o medo de que informações vazem esteja fazendo com que os investigadores ignorem dados vitais. Aparentemente em resposta à carta, Moose disse diante das câmeras na terça-feira:

– Nós investigamos as opções a que você se referiu e descobrimos não ser eletronicamente possível cumprir as exigências da maneira que você solicitou. Você deu indícios de que isso é mais do que violência. Estamos esperando seu contato – afirmou Moose, afirmando que é importante ''fazê-lo sem que ninguém mais se machuque.

 Ele afirmou que a pessoa poderia se comunicar por meio de uma caixa de correio privada, "se assim se sentir mais à vontade.'' O jornal The Baltimore Sun disse na quarta-feira que o franco-atirador tinha deixado uma segunda carta perto do local em que o motorista havia sido morto. O novo texto repetia afirmativas feitas no primeiro. As informações são da agência Reuters.

Brian Snyder / Reuters

Esquema de segurança foi reforçado nos colégios da região de Washington
Foto:  Brian Snyder  /  Reuters


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