Com o objetivo de permitir que o Figueirense reforme o Estádio Orlando Scarpelli visando a Copa de 2014, o prefeito Dário Berger assinou ontem uma lei que altera o zoneamento no bairro Estreito, em Florianópolis.

A mudança de área verde de lazer para área comunitária institucional vai permitir a construção de uma arena multiuso para 40 mil pessoas. Essa é a capacidade exigida pela Fifa para estádios de Copa do Mundo.

O Brasil é o único candidato para o Mundial de 2014. Apostando na realização da Copa no país, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pretende anunciar em maio do ano que vem as 10 cidades-sedes.

Além de Florianópolis, outras 17 cidades brasileiras estão no páreo. Ontem, durante a cerimônia de assinatura realizada no Scarpelli, dirigentes do Figueirense se mostraram confiantes na escolha da capital catarinense.

– O Figueirense se adiantou, procurou a CBF e falou do projeto. Com certeza esse (a assinatura da lei) é o primeiro passo para a materializaçao do sonho do clube – disse o presidente do conselho administrativo do Figueirense, Norton Boppré.

– O próximo passo é cumprir todas as obrigações exigidas para que até maio de 2008 a CBF indique as 10 cidades e para que Florianópolis seja uma delas – afirmou o presidente da Figueirense Participações, Paulo Prisco Paraíso.

– Pretendemos começar a obra no máximo em 2009 e terminar em 2011 ou início de 2012 – contou o diretor de patrimônio do clube, Carlos Aragão.

Orçado em 20 milhões de dólares, o projeto prevê um centro comercial dentro da arena, com 150 escritórios e 108 lojas, incluindo salas de cinema, praça de alimentação e estacionamento.

– Esse é um projeto que vem resgatar a auto-estima dos moradores do Continente – disse o prefeito Dário Berger.

A lei assinada ontem também permite obras no entorno do Orlando Scarpelli, como o fechamento da Rua Humaitá para trânsito de veículos, a duplicação de ruas próximas e a transformação da garegem de ônibus da empresa Emflotur em estacionamento.