Há poucas chances de que os dois brasileiros – o terceiro-sargento gaúcho Marco Antônio Farias e o paulista Alexandre Watake – desaparecidos depois dos atentados em Bali estejam vivos.

A previsão pessimista é da embaixada do Brasil na Indonésia. Os atentados deixaram pelo menos 181 mortos e mais de 300 feridos na noite de sábado, quando duas bombas explodiram destruindo a discoteca Paddy, na badalada praia de Kuta, e o Sari Club, na mesma praia.

Farias, 24 anos, participa da missão de paz em Timor Leste, e estava em Bali com outros militares, em licença. Já o paulista Watake reside e trabalha em Bali – é funcionário de uma empresa japonesa.

Em Bali, as autoridades indonésias anunciaram que interrogaram nesta terça-feira, 15 de outubro, dois homens que podem ter ligações com os ataques. Um deles é irmão de um homem cuja carteira de identidade foi encontrada no local da explosão, disseram funcionários de inteligência. O porta-voz da polícia, Saleh Saaf, disse que já foram interrogadas 47 pessoas sobre os atentados, mas negou que duas pessoas tenham sido presas nesta terça.

Restos de explosivo plástico de uso militar C-4 – semelhante ao usado no ataque dois anos atrás contra o destróier USS Cole no Iêmen – foram encontrados no local da tragédia, anunciou o chefe da polícia, Da’i Bachtiar. Três dias depois das explosões, Bali ainda tinha problemas nesta terça para lidar com os corpos. No principal hospital da ilha, dezenas de voluntários, mochileiros a estudantes locais, ajudavam a cuidar dos corpos, ou mantendo-os no gelo ou colocando-os em contêineres refrigerados, para conter a decomposição no calor tropical