A catarinense Morgana Casagrande, ferida na explosão de sábado, em Bali, já está em Hong Kong onde foi hospitalizada e realizou cirurgias na manhã desta terça-feira, dia 15 (horário do Brasil). Por volta de meia-noite de segunda-feira ela voltou a manter contato com a mãe, Maria Locks Feldaus, em Chapecó, oeste de Santa Catarina. Logo depois falou com a irmã mais velha, Maurice, em São Paulo.

Morgana contou que deixou Bali por volta das 16h30min de segunda-feira (5h30min no Brasil). Como perdeu os documentos na explosão e tinha previsão de volta somente para o próximo final de semana, Morgana teve dificuldades em deixar Bali, pois os vôos estavam lotados. Mas, em virtude dos ferimentos, ela foi colocada como prioridade. A companhia aérea entrou em contato com o banco onde trabalha, o HSBC de Hong Kong, para liberar o embarque. Em Hong Kong, ela ficou na casa da família do gerente do banco, de onde ligou para o Brasil. Ela não pôde entrar em sua casa porque perdeu a chave no atentado. Depois de descansar um pouco, a catarinense foi conduzida para o hospital.

Maurice disse que Morgana teve que retirar um estilhaço de metal que se alojou próximo ao nariz. Ela também teve que refazer os nove pontos que recebeu por um corte na testa e outros três pontos abaixo de um dos olhos. Outra cirurgia plástica foi realizada para recompor parte da pele entre o nariz e a bochecha, que foi queimada pelo calor e fogo da explosão. Morgana também teve queimaduras e ferimentos no couro cabeludo, além de hematomas pelo corpo.

A mãe, Maria Locks Feldaus, disse que sabia que a situação era mais grave do que a filha tinha contado no primeiro contato telefônico.

– Ela se abriu mais, contando que queimou o rosto, o couro cabeludo, o braço e machucou as costas quando tudo caiu – disse Maria ao Diário Catarinense.

Ela acredita que a filha deve ficar ainda três a quatro dias no hospital.