Atiradores de elite do Exército de Israel tomaram posições ao redor do quartel-general do líder palestino Yasser Arafat nesta terça-feira, dia 1º, em meio a relatos de que alguns ativistas escondidos no local teriam escapado quando as forças israelenses colocaram fim a um cerco de 10 dias respondendo a pressões dos Estados Unidos. O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, afrontado com a humilhação de ter acabado com o cerco sem ter detido ninguém, previu que o Estado judaico colocaria fim ao "terror'' palestino dentro de alguns meses, o que prepararia o caminho para as negociações políticas.

Membros dos serviços de segurança palestinos disseram que homens mascarados foram vistos ocupando vários prédios nos arredores do complexo presidencial em Ramallah (Cisjordânia), com a aparente intenção de impedir que outros ativistas escapassem do local. O Exército não se manifestou a respeito. Meios de comunicação de Israel disseram na segunda-feira que alguns palestinos, acusados pelo Estado judaico de terem participado da preparação de atentados suicidas, haviam escapado do local depois da retirada do Exército no domingo.

O jornal Maariv contou que Sharon telefonou para o ministro de Defesa do país, Binyamin Ben-Eliezer, de Moscou (capital russa, na qual se encontra em visita), para criticá-lo devido à fuga dos ativistas. Curvando-se a pressões dos EUA – preocupados com a possibilidade de o cerco diminuir ainda mais o apoio a uma eventual invasão do Iraque –, Sharon retirou suas forças do complexo de Arafat. Durante o cerco, todos os prédios do local foram atacados, com exceção dos escritórios centrais de Arafat. Tanques e soldados invadiram o complexo depois de dois terroristas suicidas palestinos terem matado sete pessoas em Israel.

Nesta segunda-feira, o Exército de Israel matou três palestinos, dois deles garotos, segundo testemunhas e médicos palestinos. Um soldado israelense foi morto na Cisjordânia. As informações são da agência Reuters.