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 | 17/01/2007 16h42min

Proposta brasileira de ajudar Uruguai e Paraguai preocupa indústria

Setor privado teme possíveis impactos nas empresas brasileiras

Na véspera do íncício da reunião de cúpula do Mercosul, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nota, nesta quarta, criticando a proposta brasileira de adotar medidas que facilitem as exportações do Uruguai e do Paraguai no bloco econômico.

A proposta estaria entre as principais medidas a serem anunciadas no encontro que será realizado nesta quinta e sexta no Rio de Janeiro.

A proposta defendida pelo Brasil no bloco prevê a redução do conteúdo nacional para bens do Uruguai e Paraguai vendidos dentro bloco e a eliminação do imposto de importação cobrado de produtos estrangeiros que entrem no Mercosul via sócios menores.

Em nota, a CNI alerta que o setor privado brasileiro não foi consultado sobre possíveis impactos das medidas nas empresas nacionais e afirma que a criação de eventuais facilidades para os dois parceiros representará um retrocesso na consolidação do bloco econômico.

Segundo a CNI, com um índice menor de participação de insumos regionais no produto de exportação do que o vigente nas regras atuais do Mercosul, esses dois países poderiam ampliar suas exportações ao Brasil e à Argentina. A instituição acrescenta que, com a medida, a união aduaneira do bloco será "ainda mais imperfeita".

A proposta brasileira também encontra resistência entre os representantes da Argentina, que participaram das de reuniões técnicas que antecederam o encontro de chefes de estado.

O secretário de Relações Econômicas Internacionais do Ministério de Relações Exteriores da Argentina, Alfredo Chiaradia, disse em entrevista ao jornal Valor Econômico, publicado nesta quarta, que há elementos na proposta que podem estar em contradição com o objetivo do Mercosul de aumentar a integração produtiva entre seus membros.

O receio da Argentina, na verdade, é que produtos importados de terceiros países sejam apenas montados no Uruguai e Paraguai e reexportados para os outros países do bloco sem pagar imposto. Paraguai, se reduziram em 15% em volume, e 2% em moeda estrangeira.

AGÊNCIA O GLOBO

 
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