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 | 06/09/2002 10h23min

Dois militantes palestinos são mortos por tropas israelenses na Cisjordânia

O Exército israelense matou a tiros dois militantes palestinos na Cisjordânia na sexta-feira, dia 6, um dia depois de ter um tanque destruído e dois soldados abatidos na Faixa de Gaza. Esses incidentes lançam mais dúvidas sobre o futuro de um acordo selado há três semanas, pelo qual os israelenses se comprometiam a aliviar a pressão militar sobre a Faixa de Gaza e a cidade de Belém, desde que a polícia palestina reprimisse os militantes.

Em Jenin, na Cisjordânia, os corpos dos dois militantes mortos foram encontrados na rua ao amanhecer. Testemunhas palestinas disseram que os militares invadiram um esconderijo onde estavam Kamal Silawi e Samir Qandil, matando-os logo depois de efetuar a prisão. Na versão do Exército, os soldados dispararam ao ver ''movimentos suspeitos'' de dois homens armados durante o toque de recolher na cidade.

Também durante a noite, na Faixa de Gaza, helicópteros destruíram uma pequena metalúrgica em retaliação pela morte de seus soldados, na véspera. Os militares disseram que ali funcionava uma fábrica de munição, o que o dono da oficina nega. Não houve vítimas no ataque. Em dois importantes entroncamentos rodoviários da Faixa de Gaza, os carros palestinos estão sendo bloqueados, o que na prática cria uma zona de separação destinada a impedir novos ataques contra soldados.

A polícia israelense está em alerta na sexta-feira, véspera do Ano-Novo judaico, um dia depois de localizar e destruir um carro-bomba com 600 quilos de explosivos – o mais potente em dois anos de conflito – que tentava entrar em Israel.

– É a maneira de os terroristas enviarem seus cumprimentos de Ano-Novo – disse David Baker, funcionário do gabinete do primeiro-ministro Ariel Sharon. – Um importante atentado contra israelenses inocentes foi evitado.

O feriado do Ano-Novo (Rosh Hashaná) começa ao anoitecer da sexta-feira e dura dois dias. Há dois anos, nessa mesma época, uma visita de Sharon, então líder da oposição, ao lugar mais sagrado de Jerusalém para judeus e muçulmanos foi o estopim do conflito. Sharon disse nesta semana que pela primeira vez desde então a paz parece possível, porque os palestinos estão percebendo a inutilidade da violência. Mas na quinta-feira, visitando soldados feridos em um hospital militar, ele afirmou:

– Tenho de dizer que eu também pensei que seria possível acabar com isso em um tempo mais curto, mas devemos continuar.

As informações são da agência Reuters.  

 
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