Sob a acusação de planejar o seqüestro de um avião que ia da Suécia à Grã-Bretanha, um sueco de origem tunisiana foi preso na última quinta-feira, 29 de agosto. O suspeito, de 29 anos, foi detido quando o avião se preparava para decolar do aeroporto de Vaesteraas (cerca de 100 quilômetros a oeste de Estocolmo), depois que um revólver foi detectado em sua bagagem de mão no controle de segurança.

– Ele é acusado de preparar um seqüestro de avião e de infringir a legislação por porte de armas – afirmou a polícia, por meio de um comunicado.

Entre os 209 passageiros do vôo FR-685 da companhia aérea Ryanair, estavam participantes de uma conferência islâmica que acontece na Grã-Bretanha. A polícia interrogou 18 adultos e duas crianças que viajavam para o encontro religioso, na cidade de Birmingham. Todos foram liberados durante a noite. 

As forças de segurança suecas convocaram especialistas em antiterrorismo para ajudar no interrogatório do suspeito, que não foi identificado. A polícia, que encontrou uma pistola em sua bagagem, tem quatro dias para indiciá-lo ou libertá-lo. Se for condenado, o suspeito pode pegar de quatro anos à prisão perpétua. As autoridades estão investigando a vida do sueco e as possíveis conexões dele com grupos militantes islâmicos.  A arma foi encontrada em uma inspeção de rotina e disparou o alarme para que imediatamente o avião parasse o procedimento de decolagem, a fim de que toda a bagagem do avião fosse revistada. O incidente provocou um atraso de oito horas no vôo. Depois que a polícia achou a arma, retirou todos os passageiros do avião para procurar explosivos.

A Suécia, conhecida por sua política liberal de imigração, tem uma grande comunidade originária do Oriente Médio. Segundo a edição desta sexta do jornal Svenska Dagbladet, um sueco de origem libanesa está entre as pessoas acusadas pelos Estados Unidos de participar da preparação dos ataques de 11 de setembro.