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FMI rejeita acordo próximo com Duhalde

O presidente da Argentina Eduardo Duhalde recebeu mais um duro golpe na sua luta para conseguir um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e sair da pior crise econômica que afeta o país.

O Fundo descartou nesta quinta-feira, 29 de agosto, a possibilidade de assinar logo um pacto para retomar a concessão de empréstimos uma vez que a situação no país é "muito, muito difícil" e que "não há consenso sobre como seguir adiante". As políticas monetária, bancária e legais são pontos onde ainda é preciso progredir, informou o Fundo.

O porta-voz do FMI, Thomas Dawson, afirmou que a Argentina fez "algum progresso" e que a situação fiscal parece ter se estabilizado, mas os problemas no país ainda são grandes.

Em Buenos Aires, Duhalde pediu várias vezes aos candidatos às eleições de 2003 que definam se querem um acordo com o FMI. Em entrevista transmitida pela televisão, Duhalde disse que os candidatos e políticos "devem estar desejando um acordo com o Fundo Monetário Internacional, mas de boca para fora dizem outra coisa". Segundo ele, por isso, o órgão pode ter dúvidas de que a classe política realmente queria um novo acordo.

O porta-voz do FMI anunciou o envio de uma nova missão técnica a Buenos Aires na próxima semana, chefiada pelo diretor do FMI para Assuntos Monetários, Stefan Ingves, e integrada também por John Thornton, diretor do FMI para a Argentina. A missão discutirá "o programa monetário".

O governo Duhalde enviou na semana passada ao FMI uma minuta de carta de intenção, mas a instituição pediu detalhes sobre diversos assuntos. O Fundo também não respondeu ainda ao pedido de adiamento do prazo de pagamento de uma parcela da dívida de US$ 2,8 bilhões da Argentina que vence no dia 9 de setembro.

Se o FMI não aprovar o adiamento, a Argentina deverá usar um terço de suas debilitadas reservas para pagar a dívida ou a então expor-se a uma moratória total da dívida, depois de ter declarado em dezembro passado a suspensão de pagamentos de bônus soberanos com os credores privados, avaliados em US$ 100 bilhões.

 
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