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 | 26/08/2002 22h59min

Vice-presidente dos EUA defende ataque contra Iraque

Dick Cheney disse que não há dúvidas de que Saddam Hus tem armas de destruição em massa

O vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, defendeu nesta segunda-feira, 26 de agosto, o plano do governo do presidente George W. Bush para derrubar o regime do presidente iraquiano, Saddam Hussein. No pronunciamento, transmitido pelas maiores redes de televisão dos EUA, Cheney declarou ainda que deixar de agir logo daria a Saddam Hussein tempo para fortalecer seu regime.

– A inação traz mais risco que a ação. Se nós esperássemos até esse momento, Saddam simplesmente se tornaria mais audacioso e seria ainda mais difícil para nós reunir amigos e aliados que se oponham a ele – afirmou Cheney.

Segundo Cheney, "não há dúvidas de que Saddam tem armas de destruição em massa". O vice presidente acrescentou que os EUA "não vão viver à mercê de terroristas ou de regimes terroristas".

Cheney usou uma reunião do grupo Veteranos de Guerras no Exterior para rebater os temores - manifestados publicamente por altos integrantes de seu próprio Partido Republicano e por outras personalidades - de que um ataque preventivo ao regime de Saddam Hussin minaria a coalizão formada pelos EUA em sua guerra contra o terrorismo, além de marcar uma posição nova e radical da política externa dos EUA.

O vice-presidente, que foi secretário de Defesa durante a Guerra do Golfo, em 1991, disse que o desenvolvimento pelo Iraque de armas avançadas, sua recusa de permitir que inspetores da ONU monitorem seus programas de armas e sua "hostilidade geral" produziram "um imperativo para a ação preventiva".

– O que não podemos fazer diante desta ameaça mortal é ceder diante do otimismo e da cegueira voluntária. Não olharemos simplesmente para outro lugar, esperaremos o melhor e deixaremos o assunto para que algum governo futuro o resolva – disse o vice.

O porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, disse que os advogados do governo concluíram que o presidente George W. Bush tinha autoridade sob a Constituição para adotar ações militares contra o Iraque, sem aprovação especial do Congresso. Mas Fleischer manteve a possibilidade de o presidente consultar o Congresso.

 
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