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 | 26/08/2002 15h43min

Presidente da África do Sul pede fim do abismo entre ricos e pobres na Rio+10

Evento começou nesta segunda-feira em Johannesburgo

Protegido por 10 mil homens que cercam o Centro de Convenções de Sandton, em Johannesburgo, o presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, abriu nesta segunda, 26 de agosto, a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável,  com um apelo pela diminuição do abismo entre ricos e pobres e pelo fim da lei primitiva de "sobrevivência do mais forte". Em 10 dias, a conferência discutirá acordos sobre como combater a miséria sem devastar o planeta.

–  Uma sociedade humana global baseada na pobreza de muitos e prosperidade de uns poucos, caracterizada por ilhas de riqueza cercadas por uma mar de pobreza, é insustentável – disse Mbeki. 

No domingo, durante a festa de boas-vindas promovida pela África do Sul, Mbeki pediu o fim do "apartheid global" que divide a minoria rica das massas de pobres, dizendo que o mundo precisa exercitar a solidariedade que mostrou ao ajudar os negros sul-africanos a dar fim ao domínio da minoria branca em 1994.

– Há toda a necessidade de demonstrarmos às milhões de pessoas que lideramos que não aceitamos que a sociedade humana seja construída na base do princípio selvagem de sobrevivência do mais forte.

Representantes de quase 200 países estão reunidos no Centro de Convenções de Sandton em um subúrbio de luxo cercado de favelas. Apesar da grandiosidade do evento, as discussões foram iniciadas sem muita esperança de avanços significativos.

– Todos estão muito pessimistas – informou um representante da Itália.

Ambientalistas estão se mostrando irritados com o que eles entendem como uma tentativa dos Estados Unidos e da Europa de colocar demandas das grandes corporações globalizadas acima das de populações miseráveis.

As Nações Unidas devem apresentar nesta segunda-feira uma lista de parcerias entre governos e a iniciativa privada que obtiveram sua aprovação. Os projetos são voltados para o combate da pobreza e preservação ambiental.

Os Estados Unidos são fortes defensores desse tipo de iniciativa, mas críticos dizem que elas são uma maneira de os governos fugirem de suas responsabilidades.

As informações são da agência Reuters.


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