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Determinação da ANP acarreta prejuízo de R$ 400 milhões à Petrobras

A Petrobras deverá amargar a partir da próxima segunda, 19 de agosto, um prejuízo que beira a casa dos R$ 400 milhões, depois de a Agência Nacional do Petróleo (ANP) ter imposto tabelamento ao preço do gás de cozinha, anunciado nessa quinta-feira.

As ações da estatal reagiram mal à determinação da ANP, chegando a recuar mais de 3% no pregão desta sexta-feira. A cotação dos papéis da empresa não superou os R$ 39,41. Ao longo do dia, porém, a alta do Ibovespa, ultrapassando a marca dos 3%, contagiou os investidores da companhia, e as ações reduziram as perdas: próximo ao horário do fechamento caíam 0,10%, cotadas a R$ 40,75.

A preocupação dos analistas refere-se menos à receita – que poderá ser compensada por ganhos em outros produtos – e mais ao fato de a medida representar um retrocesso na abertura de mercado efetivada em janeiro deste ano. A venda de gás de cozinha representa 8,26% da receita da empresa, informou nesta sexta-feira o presidente da Petrobras, Francisco Gros. Desse total, 30% referem-se ao gás importado, sem tabelamento. Isso equivale a cerca de R$ 3,4 bilhões de faturamento com gás de cozinha em 2001.

Gros minimizou os efeitos da medida do governo e garantiu que permanece no cargo até o final do mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, apesar de especulações indicarem que ele seria contrário à interferência do governo nas decisões administrativas da Petrobras e que deixaria a companhia.

O presidente da estatal lembrou que os preços praticados pela empresa em outros combustíveis continuam livres, mas que não estão sendo reajustados de acordo com a oscilação do preço do petróleo no mercado internacional e da variação do dólar, como havia anunciado anteriormente, devido à grande instabilidade notada no mercado.

– Estamos monitorando diariamente o que acontece no mercado externo e na taxa de câmbio, e no momento a medida mais conveniente para a empresa é esperar uma maior estabilidade de preços antes de tomar qualquer medida – disse Gros.

O preço do gás de cozinha, o nome popular do gás liquefeito de petróleo (GLP), foi tabelado nas refinarias da Petrobras, responsável por 99% da produção nacional, depois de ANP verificar altas abusivas no preço de venda do produto ao consumidor.

A expectativa do governo é a de que o custo do produto caia na mesma proporção (12,4%) para a população. Até julho, o produto acumulava alta de 38,26%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As informações são da agência Reuters.

 
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