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 | 31/08/2006 09h25min

Cristovam diz que só Luís XIV cobrava tanto imposto

Candidato do PDT à Presidência disse não ver diferenças entre Lula e Alckmin

O candidato do PDT à Presidência da República, Cristovam Buarque, afirmou hoje que a carga tributária no país é um absurdo e comparou o atual governo com um dos maiores déspotas franceces, o rei Luís XIV.

– Só Luís XIV cobrava tanto imposto para construir Versalhes.

Mas Cristovam disse que não irá fazer mudanças drásticas.

– Tem que ir devagar. Amanhã a gente consegue fazer um acordo para congelar os gastos daqui para frente, para impedir esse crescimento vegetativo dos gastos. A gente sinaliza que vai controlar o déficit. Se a gente sinaliza isso, os juros caem, e se os juros caem, os custos caem com mais facilidade.

Sobre a política cambial, Cristovam afirmou que acredita em um câmbio flutuante, mas que é preciso criar um fundo para evitar riscos. Assim, quando o câmbio estivesse favorável, os produtores contribuiriam para o fundo, que seria usado quando a valorização do real trouxesse prejuízos.

Como não poderia deixar de ser, a maior parte da entrevista que o candidato deu à Rádio Gaúcha na manhã de hoje foi sobre a Educação. Ele voltou a afirmar que é um guerrilheiro do setor.

– Guerrilheiro é aquele que tem uma meta muito clara de fazer uma revolução. Estou certo de que, se não der para 2007, a luta continua. Guerrilheiro não marca data para terminar a sua luta – defendeu.

Cristovam defendeu o sistema de cotas, mas apenas como paliativo. Ele afirmou também que pretende implantar uma Lei de Responsabilidade Educacional, que tornaria inelegível quem não desse continuidade a programas no setor.

Questionado se não desanimava por apresentar apenas 1% nas pesquisas de intenção de voto, o pedetista mostrou otimismo.

– Eu tinha 1% antes desde o começo das pesquisas, eu continuo, tem 1,5 milhão de pessoas que acreditam – afirmou, garantindo que tem pressa (de fazer a revolução educacional), mas não vai se desesperar.

Sobre um provável segundo turno entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), Cristovam disse que seguirá a determinação do partido, mas que, pessoalmente, não vê diferença entre os candidatos.

– Eu não vejo diferença entre um e outro. As propostas são iguais – disse, classificando os dois projetos de governo de “paulistas” e considerando que Alckmin até pode renovar os quadros no governo, mas que o tucano também poderia significar um retrocesso.

 
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