Antes de o Grand Prix 2006 começar, a meio-de-rede Fabiana deixou claro: estava com vontade redobrada de disputar a competição. Afinal, em 2005, ela sofreu uma fratura no pé direito a poucos dias da estréia e ficou fora da campanha do pentacampeonato. E logo na primeira partida, na vitória sobre a Coréia do Sul hoje, por 3 sets a 0, ela foi a maior pontuadora, com 12 acertos. Contra o Japão, neste domingo, às 6h (de Brasília), no Ariake Coliseum, em Tóquio, ela espera repetir a dose.

– Antes do jogo contra a Coréia do Sul, estávamos um pouco ansiosas, preocupadas em estrear bem. Mas o time começou firme, ganhamos confiança e jogamos livres, leves e soltas – afirmou Fabiana.

Após a vitória sobre a Coréia do Sul, jogadoras e comissão técnica do Brasil ficaram no ginásio para assistir a vitória do Japão sobre Cuba por 3 sets a 0 (29/27, 25/18 e 25/17).

– A equipe japonesa está crescendo bastante, mas não é um bicho de sete cabeças. Temos de manter a regularidade no saque, um fundamento importante para nosso jogo – disse Fabiana, que conseguiu boas seqüências de saque na vitória sobre a Coréia do Sul e marcou três pontos no fundamento.

Nesta temporada, Brasil e Japão se enfrentaram duas vezes, ambas com vitória verde-amarela por 3 sets a 0: na Montreux Volley Masters (25/19, 25/15 e 25/15) e no Torneio de Courmayeur (25/22, 25/22 e 25/15). No total, foram 87 jogos entre as duas equipes, com 53 triunfos brasileiros (175 sets vencidos e 135 perdidos).

– O Japão melhorou muito, está jogando direitinho. É um time mais regular, que erra menos e saca melhor. As jogadoras também emagreceram. Mas Cuba esteve abaixo do que pode apresentar – lembrou o técnico José Roberto Guimarães.

Para a oposto Sheilla, as japonesas darão trabalho.

– Elas estão com um time certinho, defendendo bastante. Foi uma surpresa vencerem Cuba por 3 sets a 0. Temos de ter cuidado – declarou a jogadora.