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 | 09/08/2006 20h09min

Marquinhos retorna triunfante ao Leão

Meia marcou o terceiro gol da vitória azurra sobre o América-RN

A relação de Marquinhos com o Avaí é um caso raro no futebol, pois extrapola os burocráticos limites de um contrato de trabalho. O profissionalismo existe, mas é exercido com paixão. Só assim é possível explicar duas cenas ocorridas na noite de terça-feira, quando o meia reestreou com a camisa do Leão, durante a vitória por 3 a 2 sobre o América-RN, na Ressacada.

Primeira cena: aos 36 minutos minutos do primeiro tempo, a torcida azurra grita, em uníssono, seu nome na arquibancada. O detalhe é que o jogador ainda estava sentado no banco de reservas, onde permaneceu até o intervalo.

Segunda cena: aos 17 minutos do segundo tempo, após marcar o terceiro gol do time, Marquinhos se atira em cima do escudo do Avaí, impresso em um tapete de borracha atrás da linha de fundo. E fica ali, por vários segundos, com a cabeça encostada sobre o ícone do clube do coração, curtindo a ressurreição após dois anos de lesões.

– Em nenhum clube que eu joguei haviam gritado meu nome na arquibancada. Não nesta situação. Em outros chegou a acontecer de eu ter jogado bem numa partida e na seguinte ter ficado no banco, daí a torcida pediu minha entrada. Mas dessa vez, eu ainda não tinha nem estreado! E ninguém sabia como eu estava jogando, se eu ia render. É uma relação especial, sem dúvida. Tenho uma história nesse clube, quase toda a minha família torce para o Avaí – comentou.

E era justamente neles que Marquinhos estava pensando quando se deitou em cima do escudo.

– Mais do que comemorar com a torcida, aquele foi um momento com a minha família. Pensei no meu pai, na minha mãe, na minha namorada, e em como eles sofreram junto comigo durante o período em que fiquei afastado e em como me apoiaram quando pensei até em parar de jogar futebol – explica o meia, lembrando dos 10 meses parado após uma cirurgia no joelho.

Apesar da relação especial, há dois anos Marquinhos não projetava que jogaria no Avaí em 2006. Sua meta era a Seleção. Até chegou a ser cogitado para a equipe olímpica, em 2004. As seguidas lesões levaram o sonho para longe e forçaram um novo planejamento.

– Agora tenho que começar tudo de novo, né? Perdi dois anos, eu sinto como se estivesse começando do zero, só com mais experiência – diz, confiante.

DIÁRIO CATARINENSE
 
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