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 | 05/07/2006 13h19min

Mercado interno puxa economia brasileira, diz CNI

Setor produtivo brasileiro aposta em uma trajetória permanente de crescimento

A economia brasileira, que desde 2002 vem sendo puxada pela demanda internacional e, conseqüentemente, pelas exportações, agora tem como locomotiva o mercado interno. A constatação é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que se baseia nos indicadores industriais relativos a maio, todos positivos em comparação ao mês anterior.

Segundo os economistas da entidade, o setor produtivo brasileiro aposta em uma trajetória permanente de crescimento, já registrado no primeiro trimestre pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Prova disso é que o aumento das horas trabalhadas na produção estão sendo acompanhadas por contratações de trabalhadores.

– É uma surpresa para nós, porque normalmente há uma defasagem de seis meses entre o crescimento das horas trabalhadas e as contratações. Trata-se da melhor sinalização de que os empresários estão confiantes de que o crescimento não é uma bolha – disse o economista da CNI Paulo Mol.

A CNI informou que, em maio, as vendas da indústria aumentaram 0,73% frente a abril deste ano. O aumento foi maior, se comparado a maio de 2005, de 4,55%. As horas trabalhadas subiram 1,19% em relação a abril e 2,62% sobre maio do ano passado e o emprego industrial se expandiu 0,46% frente a abril e 1,45% em comparação a maio de 2005. O nível de utilização da capacidade instalada foi de 81,3%, contra 81% no mês anterior.

– Com os estoques ajustados, a indústria terá de produzir para atender o aumento da demanda – afirmou Flávio Castelo Branco, economista da CNI.

Para os economistas da CNI, o bom desempenho dos indicadores reflete o aumento da massa real de salários, com queda da inflação e crescimento do emprego; a aplicação de recursos públicos na economia, como o reajuste do salário-mínimo e programas de transferência de renda; a queda das taxas de juros, que incrementou o crédito; e a desvalorização do real frente ao dólar, de 2,3%, que garantiu maior rentabilidade aos exportadores em maio.

AGÊNCIA O GLOBO

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