O Brasil está na final da Copa 2002. Na manhã (noite no local do jogo) desta quarta-feira, 26 de junho, a Seleção Brasileira derrotou a Turquia por 1 a 0, no Estádio de Saitama, no Japão, garantindo presença pela terceira vez consecutiva na decisão do mundial. Agora, o adversário será a Alemanha, que se classificou ao derrotar a Coréia do Sul, também por 1 a 0, na terça-feira. Brasil e Alemanha chegam pela sétima vez em uma final de Copa, sendo que jamais se enfrentaram na história dos mundiais.

Depois de eliminar a Inglaterra mostrando um bom futebol, nas quartas-de-final, muitos imaginavam que o Brasil passaria fácil pela Turquia. Mas não foi assim. O jogo estava tenso, e foram os turcos que começaram ameaçando. Logo aos três minutos, Basturk avançou em velocidade pela direita, escapou de um carrinho de Roberto Carlos e cruzou na área. O centroavante Sukur tentou cabecear, mas não alcançou a bola. O perigo maior, no entanto, veio aos 19. Fatih cruzou e Alpay, livre, cabeceou em direção ao canto direito da goleira brasileira. Marcos, com mais uma boa atuação, espalmou para escanteio.

A Seleção Brasileira entrou no jogo apenas aos 20 minutos, depois que Cafu recebeu de Ronaldo no lado direito da área, avançou e soltou a bomba. Rustu Recber, bem colocado, defendeu. Um minuto depois, Roberto Carlos invadiu a área pela esquerda, limpou um marcador e, de perna direita, chutou muito próximo ao gol turco. Em seguida, Rivaldo bateu forte de fora da área, pelo lado esquerdo, e surpreendeu o goleiro, que defendeu, mas soltou nos pés de Ronaldo. O atacante, entrando pelo meio, chutou no reflexo, em cima de Rustu que, desta vez, segurou firme.

O intervalo serviu para que Felipão reorganizasse o time. Deu certo. Logo no início da segunda etapa, aos três minutos, Gilberto Silva escapou pela esquerda e tocou para Ronaldo. Mal no primeiro tempo, o atacante invadiu a área entre três marcadores e chutou de bico, no canto esquerdo de Rustu, para assumir a artilharia isolada da Copa com seis gols. Em um lance, Ronaldo voltou a ser o destaque brasileiro. Humilde destaque, diga-se.

– Lembrei no vestiário que foi um gol no estilo do Romário. Ele é um mestre em fazer gols deste tipo – destacou.

Com o gol, a Turquia passou a arriscar. Aos 10 minutos, uma tentativa de cruzamento, que acabou desviando em um defensor, quase pegou Marcos de surpresa. Mas o Brasil respondeu dois minutos depois, com o passe de Ronaldo que deixou Edílson em ótima posição para marcar, mas Fatih chegou antes na bola e mandou pela linha de fundo. Aos 18, os turcos saíram jogando errado e entregaram a bola nos pés de Rivaldo que, vendo o goleiro adiantado, chutou de longe, para fora. Aos 26, Luizão, que entrou para substituir Ronaldo, acertou uma meia-bicicleta, mas a bola bateu no chão e passou por cima do gol.

A Turquia voltou a levar perigo aos 32 e aos 35 minutos. Primeiro, Mansiz chutou de longe e obrigou Marcos a tocar para fora com a ponta dos dedos. Depois, Sukur pegou de primeira um levantamento na área, livre da marcação de Roque Júnior, e o goleiro brasileiro foi acionado mais uma vez.

O Brasil se classificou para disputar sua sétima final de Copa do Mundo, assim como a Alemanha – a Seleção Brasileira conquistou o título em 1958, 1962, 1970 e 1994, tendo sido vice em 1950 e 1998. No histórico do confronto, são 10 vitórias brasileira, quatro empates e três vitórias. Detalhe: com exceção de 1978, desde 1950 os mundiais têm Brasil ou Alemanha na final, sendo que as duas equipes nunca se enfrentaram na competição.

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ANDRÉ ROCA