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 | 25/06/2002 13h01min

Malan defende manutenção de Fraga à frente do BC

Ministro pediu que candidatos à Presidência deixassem claro compromissos de governo

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, sugeriu nesta terça-feira, 26 de junho, que o novo governo brasileiro mantenha por algum tempo, o atual presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, no cargo. Malan acredita que a decisão reduziria o grau de turbulência na transição de um governo para o outro. O ministro depõe na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, ao lado do diretor do BC Sérgio Darcy.

Malan pediu que os candidatos à Presidência da República deixem claro seus compromissos básicos de governo. Para ele, no entanto, é impossível não haver expectativas quanto a mudanças com as eleições de outubro.

No Senado, o ministro afirmou que a produtividade é a palavra chave do crescimento econômico do país, com melhoria para população. Na sua avaliação, "crescemos tanto nessa área que incomodamos e estamos sendo taxados com alíquotas em alguns produtos, como o aço". Ele defendeu a produtividade exportável e a produtividade doméstica competitiva com as importações.

Sobre o risco-país, Malan afirmou que o grau de coerência no regime fiscal, monetário e cambial constitui um comprometimento fundamental para o indicador contra a instabilidade e a volatilidde do mercado. Acrescentou que os três regimes se completam e lembrou que só quem não conhece o Brasil e a Nigéria pode nivelar o risco entre os dois países. Também assegurou que não há como comparar Brasil e Argetina. Segundo ele, o país vizinho tem problemas já superados no Brasil, como o sistema bancário. Outra dificuldade na Argentina, afirmou, é que as províncias emitem suas próprias moedas. E lembrou ainda que a dívida líquida da Argentina é o dobro da brasileira e que o Produto Interno Bruto (PIB) corresponde à metade do brasileiro.

O ministro garantiu que a dívida externa pública não é a grande preocupação do país. Para ele,  a situação é "administrável" se houver compromisso com a manutenção dos superávits primários e o equilíbrio do balanço de pagamentos. Malan disse que esta dívida está na faixa de US$ 93 bilhões, inferior a 10% do Produto Interno Bruto (PIB). Adiantou ainda que o déficit em conta corrente é de R$ 14 bilhões, menor que o patamar de três anos atrás, e o saldo da balança comercial é o maior desde 1995. Sobre o crescimento da dívida interna de R$ 60 bilhões, em 1994, para R$ 624 bilhões, em 2001, observou que as medidas que levaram a esse aumento também trouxeram resultados favoráveis para a reestruturação da economia.

As informações são das agências Brasil e Senado.

 
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