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 | 21/06/2002 22h32min

Exército de Israel mata quatro palestinos "por engano"

Governo de Ariel Sharon retoma operação Muro de Proteção

O Exército de Israel matou nesta sexta-feira, dia 21, quatro palestinos "por engano" em um mercado em Jenin, na Cisjordânia. Os moradores pensaram que o toque de recolher imposto pelo exército israelense havia sido suspenso e saíram de casa para fazer compras em um mercado. Entre as vítimas estão três crianças. Segundo informações do jornal Ha'aretz, outros 24 palestinos ficaram feridos.

Israel impôs toque de recolher a cidade depois dos dois últimos atentados terroristas. Um porta-voz do governo de Israel informou que o caso está sendo investigado. Segundo ele, o tanque disparou tiros de advertência que, por erro, acabaram atingindo as vítimas.

O governo israelense tenta dar um ponto final, mais uma vez, aos ataques palestinos. Nesta sexta-feira o gabinete de segurança do país decidiu ordenar que as tropas israelenses reocupem as cidades autônomas palestinas na Cisjordânia invadidas durante a operação Muro de Proteção. A medida, faz com que o exército permaneça na região o tempo necessário para exterminar atos terroristas.

A decisão foi tomada durante uma reunião em Tel-Aviv e acontece depois do ataque contra uma colônia judaica no norte da Cisjordânia, que deixou cinco israelenses mortos, entre eles uma mulher e três de seus sete filhos.

Lançada em 29 de março pelo premier Ariel Sharon para "destruir a infra- estrutura do terror" na Cisjordânia, a operação militar Muro Protetor terminou no dia 11 de maio, após o fim do cerco israelense à Igreja da Natividade, em Belém. Durante a ofensiva, 13 militantes palestinos foram exilados e outros 26 foram enviados à faixa de Gaza.

Depois da volta da operação Muro de Proteção, seis das oito principais cidades autônomas da Cisjordânia já estavam total ou parcialmente reocupadasnesta sexta-feira: Nablus, Jenin e seu campo de refugiados, Qalqilya, um povoado próximo de Ramallah, Belém e Tulkarem. A reocupação foi motivada pela represália contra os dois atentados suicidas de terça e quarta-feira em Jerusalém, que deixaram 26 mortos, além dos dois autores dos ataques.

 
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