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 | 06/06/2006 10h40min

Produção industrial fica estável em abril

Áreas farmacêutica e de alimentos apresentaram os piores desempenhos

A produção industrial brasileira teve variação nula (0,0%) na passagem de março para abril, segundo os índices sazonalmente ajustados. A informação foi divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação a abril de 2005, o setor registrou recuo de 1,9%, tendo acumulado expansão de 2,9% no primeiro quadrimestre frente a igual período de 2005. O índice acumulado nos últimos 12 meses, que em abril chegou aos 2,6%, sinaliza recuo no ritmo de crescimento em relação à taxa do mês anterior (3,3%).

A estabilidade reflete uma maior concentração entre os setores que expandiram a produção (14) do que os que apresentaram decréscimo (9), do total de 23 ramos que têm séries ajustadas sazonalmente. Entre as indústrias que aumentaram a produção, os desempenhos de maior importância para o resultado global vieram da metalurgia básica (4,2%), de outros produtos químicos (2,0%) e de bebidas (3,5%). Em contrapartida, farmacêutica (-7,0%) e alimentos (-1,5%) exerceram as principais pressões negativas.

Ainda na comparação com o mês anterior, nos índices por categoria de uso, os segmentos de bens de consumo duráveis (1,7%) e semi e não-duráveis (1,3%) assinalaram taxas positivas, enquanto bens de capital (0,0%) e bens intermediários (-0,1%) mostraram estabilidade.

Com o resultado de abril, o indicador de média móvel trimestral permanece estável, com ligeira variação positiva de 0,2% frente a março. Nesta mesma comparação, o setor de bens de consumo duráveis mostrou aceleração (acréscimo de 0,9% entre março e abril), enquanto bens de consumo semi e não-duráveis (0,2%) e bens intermediários (-0,1%) sinalizaram estabilidade. O segmento de bens de capital (-0,3%) mantém trajetória de desaceleração.

Na comparação abril 2006/abril de 2005, o setor industrial registrou recuo de 1,9%, após seis meses de crescimento. Esse resultado foi influenciado pelo menor número de dias úteis no mês (18 em 2006, contra 20 em 2005).  As maiores pressões negativas sobre a taxa global vieram de alimentos (-6,9%), veículos automotores (-6,2%) e farmacêutica (-11,4%). Em relação ao setor de alimentos, observou-se redução em 65% dos produtos pesquisados na atividade, com destaque para os itens carnes e miudezas de aves e carnes de bovinos, reflexo da queda nas vendas externas. Essa queda foi influenciada não só pela redução do consumo de carne de frango no mercado internacional, em função da gripe aviária, mas também pela incidência da febre aftosa, que levou ao embargo de parte das exportações de carne bovina.

Já o crescimento de 2,9% no indicador acumulado nos quatro primeiros meses do ano, contra igual período de 2005, atingiu 18 setores e as quatro categorias de uso. No corte por atividades, a liderança permaneceu com máquinas para escritório e equipamentos de informática (63,2%), devido ao avanço na produção de computadores e seus periféricos. Vale ainda destacar os resultados de extrativa (10,9%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (16,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (15,6%) e refino de petróleo e produção de álcool (5,0%). Por outro lado, alimentos (-1,2%) e madeira (-8,1%) exerceram as principais pressões negativas.

A análise do indicador acumulado no ano, a partir dos índices por categorias de uso, mostrou que bens de consumo duráveis (10,9%) apresentou a taxa mais elevada vindo, em seguida, bens de capital (6,7%), ambos com desempenhos acima da média nacional (2,9%). O segmento de bens de consumo semi e não-duráveis cresceu 2,4% e o de bens intermediários, 1,6%.

IBGE
 
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