O dólar comercial encerrou esta quarta-feira, 12 de junho, com a maior cotação desde 21 de setembro do ano passado, a R$ 2,795 para compra e R$ 2,80 para venda. O valor é 3,24% mais alto na comparação ao fechamento desta terça. É a maior variação em um único dia desde 4 de julho. Em 2001, pouco depois dos atentados terroristas contra os Estados Unidos, a moeda-norte americana atingiu o pico de R$ 2,84 para venda.

Segundo analistas, o nervosismo dos investidores tem como motivo central as incertezas sobre o processo eleitoral deste ano e a capacidade do país em administrar sua dívida. Em um dia de extremo nervosismo, o risco-país brasileiro ocupou, pela primeira vez em mais de dois anos, a terceira posição no ranking de maiores risco-país do mundo. O índice, do banco JP Morgan, mede as chances de um país dar calote em sua dívida externa. Durante a manhã, o risco Brasil chegou a 1.274 pontos, superando o do Equador (1.266 pontos), país que decretou moratória em 1999. À tarde, ultrapassou os 1.300 pontos e chegou ao máximo de 1.328. Depois, recuou para 1.297. Argentina (6.130 pontos) e  Nigéria (1.399 pontos) lideram o ranking.

A Bolsa de Valores de São Paulo Bovespa fechou em baixa de 0,63%.